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Ivanka Trump não se recorda dos detalhes das declarações financeiras das empresas do pai

Filha de Donald Trump foi esta quarta-feira presente a juiz. Em tribunal garantiu não se recordar dos detalhes das declarações financeiras dos negócios do pai.

A filha de Donald Trump testemunhou esta quarta-feira, 8, num tribunal de Nova Iorque, devido a umprocesso de fraude civilque alega que o valor das empresas do antigo presidente norte-americano terá sido inflacionado. Durante o julgamento, Ivanka Trump confessou que não se recordava de detalhes declarações financeiras, dos negócios imobiliários que geriu na empresa do pai.

REUTERS/Shannon Stapleton

O depoimento da empresária durou cerca de quatro horas. De acordo com o canal BBC, ao microfone a filha de Donald Trump terá falado sempre de uma forma serena e com um sorriso nos lábios.

Ivanka serviu como executiva na Organização Trump até 2017, tendo saído posteriormente para ocupar o cargo de conselheira do pai, na Casa Branca. Inicialmente foi constituída arguida no processo de fraude civil, mas rapidamente passou a apenas uma testemunha. Ainda que tenha negado testemunhar no caso, a filha de Donald Trump teve de o fazer, tendo em conta as decisões da juíza Letitia James e do tribunal de Nova Iorque, que defendem que a mesma tinha uma "grande familiaridade" com as declarações de património.

"A senhora Trump manteve a responsabilidade por esses empréstimos, que exigiam a apresentação anual das declarações e a confirmação de que não tinha havido alterações materiais no património líquido do senhor Trump", garantiu o gabinete da procuradora-geral.

Além de Ivanka, também os seus dois irmãos exerceram funções neste que seria um negócio imobiliário de família. Eric e Donald Trump Júnior testemunharam na semana passada, tendo tido Eric uminterrogatório mais tenso. No início do seu testemunho garantiu que "nunca teve nada a ver com a declaração financeira" e que nunca a tinha visto, no entanto, e-mails divulgados vieram comprovar o contrário. Numa das mensagens divulgadas o então controlador da organização, Jeffrey McConney, afirmava que estava a "trabalhar na declaração da situação financeira do seu pai" e que "precisava de informações sobre uma das propriedades da empresa".

Ainda que Donald Trump e os seus dois filhos neguem qualquer irregularidade, a porcuradora-geral Letitia James, responsável pela abertura do processo, continua a exigir o pagamento de uma multa no valor de 250 milhões de dólares (233 milhões de euros).

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