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Trump Júnior afirmou que discutiu os negócios com a equipa de contabilidade, mas que o fez sem saber que iriam usar os valores nas demonstrações financeiras.
Donald Trump Júnior, filho mais velho de Donald Trump, testemunhou na quarta-feira em tribunal no processo em que o pai está acusado de ter mentido sobre o património. No seu testemunho defendeu que não estava envolvido na preparação das demonstrações financeiras do seu pai, mesmo após este se tornar presidente dos EUA e o ter nomeado administrador do fundo fiduciário.
REUTERS/Shannon Stapleton/POOL
O filho do ex-presidente norte-americano testemunhou durante 90 minutos no processo de fraude civil contra a família e os seus negócios. A inquirição continua esta quinta-feira, seguido pelo seu irmão Eric Trump.
A procuradora-geral adjunta Colleen Faherty mostrou a Trump Jr. a declaração de situação financeira de 2017 durante o seu depoimento. O filho de Trump voltou a referir que não ajudou a preparar a declaração naquele ano. "Não ajudei, os contabilistas trabalharam nela, é para isso que lhes pagamos", disse.
Também mencionou as suas funções e responsabilidades na Organização Trump desde 2001 e como administrador do fundo fiduciário revogável do ex-presidente republicano.
Trump atacou repetidamente o juiz nas redes sociais. Já o seu filho adotou um tom jovial, tendo brincado com o juiz sobre o ritmo das suas respostas. "Peço desculpa, Meritíssimo, mudei-me para a Flórida, mas mantive o ritmo de Nova Iorque", brincou.
Trump Jr. é citado como réu no processo de 250 milhões de dólares (235 milhões de euros) movidos pelo gabinete do procurador-geral de Nova Iorque contra Donald Trump, a sua empresa e vários executivos, incluindo três dos seus filhos.
A ação judicial acusa Trump Júnior e o seu irmão Eric de participarem conscientemente num esquema para inflacionar o património líquido do pai, de forma a obterem benefícios financeiros, como melhores condições para empréstimos e apólices de seguro.
"Como vice-presidentes executivos, os três filhos estavam intimamente envolvidos na operação dos negócios da Organização Trump", refere a queixa.
Colleen Faherty concentrou-se nos desenvolvimentos de licenciamento na declaração financeira de Trump nesse ano, tendo perguntado a Trump Júnior se ele deu aos contabilistas a avaliação de 246 milhões de dólares (231 milhões de euros) aos acordos de licenciamento.
O filho do ex-presidente afirmou que pode ter discutido os negócios com a equipa de contabilidade porque era a pessoa principal na maioria deles, mas que o fez sem saber que iriam usar os valores nas demonstrações financeiras.
"Não lhes dei um valor de 246 milhões de dólares", testemunha Trump Júnior. "Podia ter-me sentado lá e analisado cada um dos negócios individualmente com Allen Weisselberg, Jeff McConney, Donald Bender, e ter-lhes dado uma ideia do valor que eu achava que o fluxo de caixa proveniente desses negócios teria valido, sem sequer saber que era para efeitos disto", justificou.
Num depoimento prestado no ano passado, Trump Júnior, distanciou-se das demonstrações financeiras que o juiz Arthur Engoron já tinha considerado fraudulentas num julgamento sumário antes do início do julgamento. "Não tive qualquer envolvimento real na preparação da Declaração da Situação Financeira e não me lembro de ter trabalhado nela com ninguém", afirmou Trump Júnior.
Acrescentou que "mais uma vez, as pessoas podem ter-me perguntado tangencialmente sobre coisas para as quais lhes dei uma resposta que podem ter utilizado como base de conhecimento para chegar a qualquer coisa, mas, não, não especificamente no que se refere, sabe, ao conhecimento sobre a declaração financeira".
O filho do ex-presidente trabalhou em alugueres comerciais para a Organização de Trump, incluindo a propriedade da empresa em Wall Street, em causa no processo. Depois tornou-se administrador do fundo fiduciário revogável do seu pai quando assumiu o cargo de presidente dos EUA, entre 2017 e 2021, e certificou as declarações de situação em 2017, 2018 e 2019.
No seu depoimento, referiu que confiava nos departamentos de contabilidade e jurídico da Organização de Trump quando assinou as declarações.
"Essas pessoas teriam uma compreensão mais íntima das especificidades dessas coisas e quem quer que me trouxesse um documento, se fosse mais contabilístico, era provavelmente da contabilidade, se fosse mais jurídico, seria do departamento jurídico", afirma. "E ei, podemos assinar este documento? Acreditam que é honesto e exato? E se eles estivessem de acordo, teriam muito mais conhecimentos do que eu seria capaz de reunir, por isso assinava-o", acrescenta.
Eric Trump, cujo nome foi mencionado do julgamento em relação a avaliações de propriedades de Nova Iorque, como Seven Springs e Briarcliff Manor, deverá testemunhar no final desta semana, após o seu irmão.
O caso foi trazido por Letitia James que exige que a Organização de Trump devolva 250 milhões de dólares em alegados ganhos ilícitos. O tribunal anulou as licenças comerciais da família Trump, o que põe fim à sua capacidade de fazer negócios no estado, no entanto a medida está suspensa enquanto a família recorre da decisão.
O juiz Arthur Engoron decidiu que a Organização cometeu fraude, o julgamento vai determinar as sanções que irá impor.
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