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Feijóo: Lei da amnistia beneficia Sánchez, não os espanhóis

O líder do PP foi indicado pelo rei como candidato a presidente do governo. Porém, o PSOE aposta na investidura com apoios do Junts e ERC, em troca de apoio para formar governo.

Alberto Núñez Feijóo, o líder do Partido Popular (PP) que foi indicado como candidato a primeiro-ministro pelo rei de Espanha, deu uma entrevista esta quarta-feira na televisão espanhola a criticar a possível lei de amnistia aos líderes independentistas catalães, um meio de o socialista Pedro Sánchez conseguir os apoios do Junts per Catalunya e ERC para a sua própria investidura. A lei "beneficia Sánchez, não os espanhóis."

REUTERS/Violeta Santos Moura/File Photo

O PP convocou uma manifestação para o dia 24 de setembro contra a amnistia aos líderes independentistas catalães, na Plaza de España, em Madrid. "Vamos fazer um ato do PP, como fizemos no Retiro e noutros lugares. E [poderá ir] qualquer cidadão que se queira apresentar: nos atos do PP não se pede o cartão de cidadão. Todos os constitucionalistas estão convocados. Nós não colocamos limites. Vamos fazê-lo nas ruas para defender a Constituição Espanhola e a necessidade de fazer acordos de Estado para sair desta prisão em que nos querem meter os independentistas e o senhor Sánchez."

Além disso, Feijóo propôs uma reforma constitucional que faria com que a lista mais votada nas eleições receba mais lugares no parlamento espanhol, à semelhança do que ocorre na "Grécia ou Itália". 

"Temos que dizer aos espanhóis que a lei de amnistia possível, futura, incerta não é uma lei de amnistia para resolver nenhum problema de Espanha, não é mais que uma lei que possibilita que Sánchez seja presidente do governo", frisou. 

Tanto o Junts como o ERC exigem a amnistia aos líderes independentistas catalães, como Carles Puigdemont, para dar apoio ao PSOE na sua formação de governo. 

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