Herzi Halevi é visto como sendo próximo do ex-ministro da Defesa Yoav Gallant e a sua liderança ficou marcada pelo desacordo com alguns dos outros ministros relativamente às isenções de recrutamento militar para estudantes de seminários judeus ultraortodoxos.
O chefe do exército israelita, Herzi Halevi, avançou esta terça-feira, 21, que vai renunciar ao cargo no dia 6 de março. Esta foi a sua forma de assumir a responsabilidade pela enorme falha de segurança que permitiu o ataque de 7 de outubro de 2023, no qual o Hamas matou 1.200 israelitas e raptou cerca de 250.
REUTERS/Amir Cohen/Pool
Não ficou claro quem é que o deverá substituir, mas Herzi Halevi referiu que pretende fazer a passagem de poder para o próximo comandante das Forças de Defesa Israelita enquanto ainda estiver no cargo.
Apesar da contestação pública que se gerou depois do ataque do Hamas, com os israelitas quererem entender como é que o sistema de segurança tinha falhado, Benjamin Natanyahu adiou ao máximo os pedidos para instaurar uma investigação sobre a suas próprias responsabilidades. Agora, Halevi escreveu numa carta ao ministro da Defesa: "Na manhã de 7 de Outubro, as IDF falharam a sua missão de proteger os cidadãos de Israel. A minha responsabilidade pelo terrível fracasso acompanha-me todos os dias, hora após hora, e assim será pelo resto da minha vida."
Em resposta, o ministro, Israel Katz, agradeceu as contribuições de Halevi no exército e pediu que continuasse a cumprir com os seus deveres até que haja um substituto. Benjamin Netanyahu também já aceitou a renúncia.
Herzi Halevi é visto como sendo próximo do ex-ministro da Defesa Yoav Gallant, que foi demitido por Netanyahu em novembro, e a sua liderança ficou marcada pelo desacordo com alguns dos outros ministros relativamente às isenções de recrutamento militar concedidas a estudantes de seminários judeus ultraortodoxos. Os membros mais radicais do governo israelita, como Bezal Smotrich, criticaram bastante a conduta de Halevi durante a guerra, considerando-o demasiado brando.
Desde o 7 de Outubro vários militares de patentes elevadas renunciaram devido aos fracassos da ofensiva em Gaza, entre eles o chefe do Comando Sul das Forças Armadas, Major-General Yaron Finkelman.
Agora que entrou em vigor a primeira fase do acordo de cessar-fogo com o Hamas, no passado domingo, é esperado que sejam procuradas mais explicações sobre os passos que originaram o dia mais mortífero da história de Israel.
Nos quinze meses que se seguiram ao ataque ao sul de Israel foram mortos mais de 46 mil palestinianos, segundo dados reconhecidos pelas Nações Unidas, e praticamente todo o território da Faixa de Gaza ficou devastado.
Também esta terça-feira o ministro das Finanças, Bezal Smotrich, reagiu ao anúncio afirmando: "As minhas críticas ao seu fracasso na campanha para eliminar as capacidades civis e governamentais do Hamas, bem como a sua responsabilidade pelo 7 de Outubro, não diminuiu a grande gratidão que lhe devemos por todo o seu trabalho e contribuições ao longo dos anos".
"O próximo período será marcado pela substituição do alto comando militar como parte dos preparativos para o regresso da guerra, desta vez na Cisjordânia até à vitória completa", garantiu ainda.
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