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Objeto interestelar pode ser nave alienígena

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A NASA diz que é um cometa, apesar de ser muito diferente dos outros cometas. Avi Loeb, diretor do Centro de Astrofísica e professor na Universidade de Harvard, defende a hipótese de se tratar de tecnologia alienígena.

Três meses após ser avistado pela primeira vez pelo telescópio do Chile, pertencente ao Asteroid Terrestrial-impact Last Alert System ou ATLAS, o objeto interestelar batizado como 3I\ATLAS permanece um mistério. Oriundo de fora do sistema solar, será mais antigo do que este, com cerca de 8 mil milhões de anos.

Objeto interestelar pode ser nave alienígena, mas a NASA diz que é um cometa
Objeto interestelar pode ser nave alienígena, mas a NASA diz que é um cometa

É apenas o terceiro objeto interestelar avistado na nossa galáxia. O primeiro foi o Oumuamua, em 2017, e depois o Borisov, em 2019. Aqui reside um dos mistérios: serão os primeiros objetos interestelares a atravessar no Sistema Solar? Se não, como é que nenhum telescópio terrestre os detetou antes?

Mas há mais: os cientistas da NASA garantem que se trata de um cometa, mas tem características não detetadas em outros cometas avistados.

É muito mais brilhante que os outros objetos interestelares. “O que explica o seu brilho tão significativo?”, questiona-se Avi Loeb, professor e diretor do Centro de Astrofísica da Universidade de Harvard e do Instituto Smithsonian.

O 3I/ATLAS está a ser estudado, enquanto passa a 503 mil quilómetros por hora pelo sistema solar. Sabe-se que é constituído por níquel, mas sem a presença de ferro como acontece com os outros cometas estudados.

E foi detetado uma liga metálica, níquel tetracarbonilo, que não existe na natureza. “Só há um lugar onde a sua existência é conhecida e é na produção industrial de ligas de níquel”, disse o astrofísico ao jornal norte-americano New York Post. “Nunca foi observado em nenhum outro objeto”, garante.

Esta liga é usada na indústria aeroespacial para reforçar superfícies.

Tudo isto leva o astrofísico a defender a possibilidade de se tratar de uma tecnologia alienígena. Algo já desconsiderado pelos cientistas da NASA. O estudo mais recente do Observatório Keck, no Havai, considera que a liga metálica tem origem natural.

“A complacência com ideias tradicionais é inimiga da curiosidade científica”, escreve Avi Loeb na revista digital Medium. “A maior ameaça à astro-arqueologia - uma nova fronteira de investigação na busca de artefactos interestelares, é a insistência que todos os objetos interestelares são rochas”, acrescenta.

O 3I/ATLAS está a passar agora a uma distância de 19 milhões de quilómetros de Marte e foram captadas novas imagens pela câmara da sonda norte-americana Mars Reconnaissance Orbiter.

Mas os dados recolhidos ainda não foram revelados pela NASA devido ao shutdown da administração Trump, que está a deixar organismos federais parados e mais de 2,3 milhões de funcionários públicos federais sem receber salário e sem trabalhar.

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