O Vaticano já referiu que o Conclave, que decidirá quem será o próximo Papa, será realizado durante o mês de maio.
Américo Aguiar, José Tolentino de Mendonça, Manuel Clemente e António Marto são os quatro cardeais portugueses elegíveis e que podem escolher o próximo Papa. Além destes existem ainda mais dois cardeais portugueses, José Saraiva Martins e Manuel Monteiro de Castro, no entanto como têm mais de 80 anos não podem votar.
Este vai ser o Conclave com mais votantes portugueses e existem ainda nove lusófonos: sete brasileiros, um cabo-verdiano e um timorense.
O Vaticano já referiu que o Conclave será realizado durante o mês de maio.
Américo Aguiar
Américo Aguiar é o mais novo dos cardeais portugueses - 51 anos -, tendo sido nomeado cardeal pelo Papa Francisco logo depois da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) devido ao seu tralhado enquanto responsável pela organização do evento em Lisboa.
Nasceu em Leça do Balio, Matosinhos, e antes de se dedicar à vida religiosa chegou a ser conselheiro na Câmara Municipal da Maia. Estudou no seminário do Porto e detém ainda um mestrado em Ciências da Comunicação.
Mais tarde, em 2019, mudou-se para Lisboa e foi nomeado Bispo Auxiliar, qualidade através da qual presidiu à Fundação JMJ, e desde setembro de 2023 que é bispo de Setúbal.
Ordenado padre aos 27 anos conta ainda no seu currículo com a administração do grupo Renascença, direção do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais, capelão nacional da Liga dos Bombeiros Portugueses e coordenador da Comissão Diocesana para a Proteção de Menores e Pessoas Vulneráveis do Patriarcado de Lisboa.
Fora da igreja é conhecido o seu amor ao Futebol Clube do Porto e o apoio a Pinto da Costa - chegou até a ser cabeça-de-lista nas eleições ao Conselho Superior do clube. Américo Aguiar copresidiu às cerimónias fúnebres do ex-presidente do FC Porto, que morreu em fevereiro deste ano.
José Tolentino de Mendonça
No Vaticano é o responsável do Dicastério para a Cultura e Educação. José Tolentino de Mendonça nasceu no Funchal, onde foi ordenado, estudou em Roma, onde se doutorou em Teologia Bíblica e onde mais tarde voltou para dar aulas.
Seja em Portugal ou em Itália manteve-se sempre ligado à academia, tendo até dezenas de livros publicados sobre a fé. Em 2011 foi para Roma a convite do papa Bento XVI para ser consultor do Conselho Pontifício para a Cultura e em 2018 foi convidado pelo Papa Francisco para organizar exercícios espirituais para a Cúria Romana.
Em menos de um ano tornou-se arcebispo e responsável pela Biblioteca e pelo Arquivo Secreto do Vaticano e foi em 2019 que passou a ser cardeal, tendo direito de voto no Conclave.
Já em 2022, após a reforma da Cúria Romana, assumiu o cargo de perfeito do recém-criado Dicastério para a Cultura e a Educação, um órgão que resultou da unificação da Congregação para a Educação Católica e do Pontifício Conselho para a Cultura.
Manuel Clemente
Foi Patriarca de Lisboa por mais de uma década e bispo do Porto. Nascido em Torres Vedras, Manuel Clemente é especialista em História da Teologia e tem vários livros publicados.
Estudioso e professor, tem uma longa carreira dentro da Igreja, tendo sido reitor no Seminário dos Olivais e presidente da Conferência Episcopal Portuguesa. Em 2015 foi nomeado cardeal pelo Papa Francisco.
O final do seu mandato em Lisboa coincidiu com a publicação do estudo, promovido pela própria Igreja, sobre os abusos sexuais de crianças.
António Marto
É o cardeal eleitor mais velho entre os portugueses, aos 77 anos, António Augusto dos Santos Marto é cardeal desde 2018, foi bispo de Leiria-Fátima entre 2006 e 2022, de Viseu e auxiliar em Braga.
Foi ordenado sacerdote em Roma, em 1971, e foi também na capital italiana que prosseguiu os estudos e concluiu o doutoramento em Teologia com a tese "Esperança cristã e futuro do homem. Doutrina do Concílio Vaticano II".
Depois disso exerceu diversos cargos académicos, especialmente no Porto. Manteve-se muito ligado aos movimentos estudantis e operários católicos, tendo trabalhado numa fábrica antes do 25 de Abril.
Em Fátima foi responsável não só por receber o Papa Francisco, mas também o seu antecessor Bento XVI.
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