Agustina Salazar, responsável de Corporate Affairs da MARS Ibéria, falou com a SÁBADO e deixou conselhos para que consiga incluir os seus animais nas viagens.
A maioria (60%) dos portugueses que são tutores de animais de estimação viajam com eles, 25% refere até que os incluem sempre nas férias, no entanto admitem que é difícil encontrar alojamentospetfriendly. Estas são algumas das conclusões do estudoA better world for pets: os animais de estimação em Portugal, realizado pela MARS.
A associação refere que para muitos portugueses "os seus animais são uma parte essencial dos seus planos de férias", ainda assim 40% dos inquiridos partilham que nunca incluíram os seus animais nas viagens.
Encontrar alojamentos petfriendly foi apresentado pelos tutores como o principal entrave para incluir os seus animais e queixam-se sobretudo da falta de informação sobre quais são os locais que aceitam animais de estimação (28%), mas também da falta de informação se podem ir a restaurantes com os animais (25%) ou sobre o transporte (22%) e planeamento de atividades adaptadas (13%).
Apesar de o estudo não questionar os tutores se incluem os seus animais nas férias dentro de Portugal ou fora, a MARS refere que existe um caminho a percorrer que pode tornar o turismo português uma referência petfriendly. Para isso, Agustina Salazar, responsável de Corporate Affairs da MARS Ibéria, refere à SÁBADO: "Defendemos todos os regulamentos que são a favor daquilo a que chamamos bem-estar animal porque os animais de estimação fazem parte das nossas famílias e isso significa incluí-los nas nossas vidas".
No que toca ao turismo, a responsável partilha que "dependendo do país a legislação está mais ou menos avançadas", mas neste momento "os rótulos para os estabelecimentos se tornarem oficialmente amigos dos animais são voluntários". Ainda assim Agustina Salazar acredita que "há muitas formas de abordar esta questão e promover estabelecimentos e atividades que permitem animais de estimação".
As viagens dentro do País, ou até os passeios dentro da cidade, parecem ser também um problema para os tutores de animais uma vez que "quase um em cada dois portugueses diz que não vai a estabelecimentos na sua própria cidade porque não sabe se aceitam animais".
Por isso, Agustina Salazar acredita que é preciso "promover e sensibilizar para a importância dos animais de estimação nas nossas vidas".
Os cães são os animais que mais são incluídos nas férias com 32% dos tutores a levá-los sempre consigo enquanto apenas 20% leva os gatos. Ainda assim os donos que têm os dois animais tendem a incluir mais os gatos nas viagens (32%).
Agustina Salazar admite que "existem muitas barreiras" para se fazer uma viagem com animais, mas acredita que podem ser ultrapassadas devido "à vontade de viajar com eles". O essencial é estar mais atento à preparação, e fazê-lo "com antecedência": "Há que ter em conta os transportes e onde é que se vai estar alojado para saber se as regras permitem que se leve um animal de estimação ou não".
"Apanhar um avião é por vezes mais complicado, por isso muitas famílias escolhem levar os seus animais para viagens que são feitas de carro e conseguimos controlar melhor a situação", refere.
Ainda sobre os momentos antes da viagem a porta-voz da MARS recorda que "é necessário um passaporte e, dependendo do local para onde se vai, é preciso verificar os requisitos do país, porque não dependem apenas de Portugal, mas também do local para onde se viaja". Agustina Salazar dá como exemplo: "Se estivermos a viajar para a América Latina é uma coisa e se formos para a Índia é outra, pode haver diferentes vacinas que sejam necessárias".
Ainda assim acredita que "é também preciso preparar o animal de estimação", seja de uma forma mais prática, garantido por exemplo que se tem uma caixa de transporte adequada ao meio que vai utilizar e ao seu animal, seja através da "compreensão de que há regras que os animais vão ter de cumprir, dependendo também do próprio estabelecimento".
Agustina Salazar reforça que "quando se leva um animal de estimação é preciso cuidar dele e garantir que é educado para que tenha uma convivência pacífica com outras pessoas".
Só espero que, tal como aconteceu em 2019, os portugueses e as portuguesas punam severamente aqueles e aquelas que, cinicamente e com um total desrespeito pela dor e o sofrimento dos sobreviventes e dos familiares dos falecidos, assumem essas atitudes indignas e repulsivas.
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