Tendo em conta que o Expresso "nunca identificou" qualquer dos profissionais, o SJ considera que tal cobriu "com um manto de desconfiança todo um conjunto de profissionais".
O Sindicato dosJornalistas(SJ) voltou hoje a exigir aoExpresso, três anos depois, que divulgue os nomes de jornalistas alegadamente envolvidos numa investigação judicial aoGrupo Espírito Santo (GES).
Em comunicado, o sindicato refere que, em 23 de abril de 2016, oExpresso, título do grupo Impresa, "pôs em causa o coletivo dos jornalistas portugueses, ao publicar que a lista de alegados pagamentos da ES Enterprises, 'offshore' conhecido como 'saco azul' do Grupo Espírito Santo, continha mais de uma centena de pessoas, incluindo jornalistas".
Tendo em conta que oExpresso"nunca identificou" qualquer dos profissionais, o SJ considera que tal cobriu "com um manto de desconfiança todo um conjunto de profissionais".
"A credibilidade do jornalismo é fundamental em democracia e não podemos deixar que ela seja minada por alegações por provar, nem permitir que toda uma classe fique sob suspeita", refere o SJ, salientando que só a divulgação dos nomes "permitirá agir nos casos que, e se, vierem a ser provados".
Por isso, "saudando o jornalismo de investigação, de que é exemplo a divulgação dos Panama Papers, o Sindicato dos Jornalistas apela aoExpressopara agir com a responsabilidade que lhe compete".
Em 28 de abril de 2016, a direção doExpressoesclareceu que os nomes de jornalistas envolvidos numa investigação judicial relacionada com o designado "saco azul do GES" só seriam revelados quando o trabalho de investigação estivesse concluído, "mas nunca antes disso".
Esta nota editorial da altura, assinada pelo então diretor, Pedro Santos Guerreiro, aconteceu depois de o SJ ter pedido ao jornal para divulgar o nome dos jornalistas envolvidos naquela investigação.
"O trabalho doExpressocruza duas investigações em curso: a investigação à ES Enterprises, mais antiga, e a investigação internacional Panama Papers, que trouxe novos dados", referiu há três anos o Expresso, salientando que a notícia que motivou o 'email' do SJ "resulta da investigação autónoma à ES Enterprises" e "não está enquadrada no consórcio internacional de jornalistas de investigação aos Panama Papers".
Na altura, oExpressorecordou que investigava há ano e meio a ES Enterprises, a sociedade 'offshore' (paraíso fiscal) do GES, mais conhecida como "saco azul do GES", desde que o Público, em 2014, revelou a sua existência (a sociedade operou durante mais de 20 anos em segredo).
Na edição de 23 de abril de 2016, oExpressonoticiou que o Ministério Público tem em sua posse uma lista de nomes alegadamente envolvidos em pagamentos da ES Enterprises. Dessa lista constam nomes de jornalistas, segundo o título.
Papéis do Panamá: SJ volta a exigir ao Expresso nome de jornalistas alegadamente envolvidos
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