A proximidade entre o príncipe André e o condenado por crimes sexuais contra menores Epstein voltou a estar na ordem do dia pela publicação do livro de memórias de Virginia Giuffre.
Parlamentares britânicos deram entrada com uma moção parlamentar para que seja retirado o ducado ao príncipe André, uma medida que raramente é permitida na Câmara dos Comuns, depois de terem sido feitas mais alegações sobre a sua proximidade com o condenado por abuso sexual de crianças Jeffrey Epstein.
Partido Nacional Escocês quer retirar ducado ao príncipe AndréSteve Parsons/Pool Photo via AP, File
O governo britânico está a enfrentar uma crescente pressão uma vez que o príncipe André continua a residir no Royal Lodge em Windsor, onde não paga renda há mais de duas décadas. No entanto, o secretário de Estado dos Negócios, Peter Kyle, já afirmou que esta é “uma questão para o palácio”.
Esta terça-feira, o Partido Nacional Escocês (SNP na sigla em inglês) apresentou uma moção antecipada para remover formalmente o título de Duque de York ao príncipe André, que já anunciou que não o vai usar mais. Stephen Flynn, líder do SNP, afirmou que “se os partidos de Westminster continuarem teimosamente lentos em remover os títulos do príncipe André, o SNP fará tudo o que estiver ao seu alcance para os obrigar a agir”.
Existem poucas vias para os parlamentares agirem legalmente para remover títulos reais e para que tal acontecesse seria necessária uma lei, que o governo não pretende legislar a não ser que seja pedido pelo palácio. Além disso, os deputados não têm permissão para criticar membros da realeza durante debates parlamentares, sendo as moções antecipadas, que normalmente têm muito pouco peso parlamentar, uma das únicas formas de questionar a conduta de um membro da família real.
Na sexta-feira passada, o príncipe André afirmou que ia renunciar ao título de Duque de York, bem como a uma série de benefícios relacionados com a família real. Porém, apenas o parlamento tem poder para remover um título pelo que, apesar da renúncia, formalmente mantém o título de duque. André não corre o risco de deixar de ser príncipe uma vez que é filho da rainha e esse título não pode ser removido.
Assim sendo a moção do SNP nada mais é do que uma forma de pressionar o governo trabalhista de Keir Starmer a agir e a apresentar a legislação que retire o título de duque de York a André. O príncipe André, e os seus escândalos sexuais, voltaram a estar na ordem do dia numa altura o livro de memórias póstumo de uma das vítimas dos crimes de Epstein, Virginia Giuffre, está a chegar às bancas e refere que a jovem teve relações sexuais com o príncipe britânico em três ocasiões diferentes e quando tinha apenas 17 anos. Numa entrevista ao programa Newsnight da BBC a sua ghostwiter Amy Wallace defendeu: “Virgina queria que todos os homens para quem foi traficada, contra a sua vontade, fossem responsabilizados e este é apenas um deles”.
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O centrismo tem sido proclamado por diversas personalidades que não têm a mais pálida ideia do que fazer ao país. É uma espécie de prêt-à-porter para gente sem cultura política e, pior que isso, sem convicções ou rumo definido.
Legitimada a sua culpa, estará Sócrates tranquilo para, se for preciso, fugir do país e instalar-se num Emirado (onde poderá ser vizinho de Isabel dos Santos, outra injustiçada foragida) ou no Brasil, onde o amigo Lula é sensível a teses de cabalas judiciais.