"Penso que ainda me chegam os dedos das mãos para contar as greves que tem havido nos últimos 15 dias, mas já estou muito perto dos dedos da mão não me chegarem", afirmou Rui Rio, referindo-se a protestos como o dos enfermeiros, médicos, técnicos e auxiliares de diagnóstico, juízes, bombeiros ou estivadores.
O líder do PSD manifestou-se esta quinta-feira preocupado com a "ausência de paz social" pela multiplicação de greves e disse aguardar o diploma do Governo sobre professores e a decisão de Belém para decidir o que fazer.
Questionado, no final de uma audiência com o chefe de Estado sobre as polémicas na sua bancada com os falsos registos de deputados de presenças e votação, Rui Rio recusou responder a todas as perguntas sobre esse tema, dizendo só estar disponível para falar sobre assuntos que foram tratados hoje à tarde com Marcelo Rebelo de Sousa.
"Já falei com o professor Marcelo Rebelo de Sousa muitas vezes [sobre transparência na política], hoje com o Presidente da República não", afirmou.
Pelo contrário, a matéria dos professores foi tratada no encontro com o chefe de Estado, com o líder do PSD a reiterar que o partido mantém o entendimento de que deve ser contado todo o tempo de serviço destes profissionais.
"O diploma não entrou sequer ainda aqui, muito menos está promulgado, quando o diploma entrar e se for promulgado logo veremos o que faremos no quadro do princípio que sempre enunciámos: entendemos que há vários formas de o fazer, mas entendemos que o tempo deve ser todo contado", defendeu.
Para Rui Rio, tal não significa que "tenha de haver um esforço orçamental imediato e que tenha de ser tudo por esforço orçamental".
"Não tem de ser todo considerado da mesma maneira, não tem nem deve ser todo considerado num dado momento, deve ser ao longo do tempo, há múltiplas formas de o fazer", afirmou, considerando que o tempo das reformas deveria entrar na discussão.
Questionado o que fará o PSD se o diploma for promulgado e for alvo de apreciações parlamentares à esquerda, Rui Rio respondeu uma vez mais: "Veremos o que vamos fazer, enquadrado pelo que temos dito, que o tempo tem de ser todo considerado".
Rui Rio disse ter transmitido duas preocupações essenciais ao Presidente da República, uma delas relacionada com o aumento do "descontentamento e ausência de paz social" no país.
Para Rui Rio, tal significa que, "ao contrário do que o Governo tem vindo a dizer, as coisas não estão bem, nem Portugal está fantástico".
"O próprio Mário Centeno, presidente do Eurogrupo, avisou Mário Centeno, ministro das Finanças, que as coisas não estão bem", alertou.
Por outro lado, o presidente do PSD diz ter transmitido a Marcelo Rebelo de Sousa preocupação com a "baixíssima taxa de execução dos fundos comunitários".
"Portugal precisava de investimento, de crescimento económico, de capital (...). Estão neste momento mais de 1.700 milhões de euros em Bruxelas se fizermos a comparação ao que era a execução do quadro comunitário anterior, é algo extraordinariamente grave para a economia portuguesa", alertou.
O líder do PSD frisou que o partido assinou com o Governo um acordo para o ajudar a negociar o próximo quadro comunitário, mas deixou um aviso: "É suposto que utilize as verbas que tem".
De fora do encontro com Marcelo Rebelo de Sousa, segundo Rui Rio, ficou também a discussão de futuros acordos de regime, nomeadamente na área da justiça.
PSD preocupado com "ausência de paz social" e aguarda para ver diploma dos professores
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