Projeção para a RTP aponta para uma continuidade do governo de Miguel Albuquerque. PS pode ser ultrapassado pelo JPP.
O PSD deve vencer as eleições regionais antecipadas na Madeira, podendo até chegar à maioria absoluta, avança uma projeção da Universidade Católica para a RTP. Sendo a projeção, o JPP pode até ultrapassar o PS como segunda força mais votada.
GREGÓRIO CUNHA/LUSA
Os dados divulgados mal fecharam as urnas (o voto terminou às 19h) indicam que o PSD pode eleger entre 21 a 24 deputados, enquanto o Juntos Pelo Povo (JPP) pode ter entre nove e 12 deputados e o PS entre sete e dez deputados. A maioria absoluta é alcançada aos 24 deputados.
A confirmar-se, esta será a quinta vitória de Miguel Albuquerque.
O Chega surge como quarta força mais votada podendo conquistar entre dois a quatro mandatos. O CDS está entre perder os dois deputados que tem atualmente ou ficar fora do parlamento regional. A Iniciativa Liberal terá entre 1 e 4% dos votos, enquanto o PAN e a CDU ficarão pelos 1 a 3% e o BE surge em último lugar com 1 a 2%. Ou seja, estas quatro forças políticas correm também o risco de não eleger qualquer deputado.
Numa primeira reação à projeção, o dirigente do PSD/Madeira Jorge Carvalho classificou-a de "extremamente positiva". "As projeções relativamente ao PSD são extremamente positivas, o intervalo coloca o resultado, ou os possíveis resultados, acima daquilo que foi o resultado nas últimas eleições, o que é um facto a registar atendendo ao contexto em que estas eleições foram provocadas."
O também secretário Regional da Educação destacou que outra ilação que também se pode tirar da projeção "é que quem censurou foi censurado pelo eleitorado, nomeadamente o autor da moção de censura e quem aproveitou essa mesma moção para derrubar o Governo", disse, referindo-se ao Chega e restante oposição ao executivo liderado por Miguel Albuquerque. "Hoje teremos provavelmente uma afirmação clara de que os madeirenses pretendem estabilidade, pretendem certeza nas suas vidas e, acima de tudo, pretendem previsibilidade para o desenvolvimento da região", acrescentou.
Já Víctor Freitas, do PS Madeira, afirmou ser ainda cedo para se tirar conclusões, já que a projeção "não garante uma maioria nem à direita, nem à esquerda". Com um semblante tenso e numa primeira reação, sem direito a perguntas, Victor Freitas admitiu que "há, de facto, um cenário possível hoje, esta noite, de maioria absoluta [do PSD], mas também há um cenário de governo sem maioria e isso é fácil de constatar". O deputado argumentou que a projeção "tem um intervalo enorme entre os máximos e os mínimos", com "uma grande distância e, portanto, alargam todos os cenários" possíveis.
Também a candidata do JPP Patrícia Spínola regaiu à expectativa de o seu partido ser a segunda força política mais votada. "Vamos esperar que, de facto, em termos de votação final, nos possamos encontrar como segunda força mais votada nestas eleições regionais de 2025 e até superar estes resultados que nos foram dados agora e, quem sabe, termos a possibilidade de constituir um governo diferente daquele que a região conheceu ao longo das últimas décadas", afirmou. Patrícia Spínola considerou que há "uma clara manifestação do eleitor madeirense de que quer a mudança", mas sublinhou que ainda é cedo para fazer cenários e falar em coligações pós-eleitorais.
Quem não quis comentar foi o Chega/Madeira, garantindo apenas que não viabilizará de "modo algum" um governo à esquerda. "Parece-nos ainda um pouco prematuro reagir a estas sondagens, uma vez que elas não refletem os verdadeiros números dos votos. Por isso, nós não iremos adiantar grandes comentários em relação à sondagem", afirmou o candidato Ricardo Correia. "Só queremos dizer que acreditamos ainda e confiamos que o Chega fará ainda parte de uma solução governativa aqui na Região Autónoma da Madeira", afirmou.
Estas são as terceiras eleições antecipadas na Madeira. Estas últimas aconteceram na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega - que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional minoritário, incluindo o presidente, Miguel Albuquerque (PSD) -- e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.
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