Paula Santos trouxe outros escândalos a um debate marcado pelo episódio de Galamba, "o escândalo dos lucros obtidos à custa do sacrifício de salários e pensões" e o escândalo do "processo criminoso de privatização da TAP".
Num debate marcado pelas dúvidas e contradições em torno do caso Galamba, Paula Santos quis trazer outros escândalos. "Em matérias de escândalos: aí está o dos lucros obtidos à custa do sacrifício dos salários e das pensões", atirou a líder parlamentar do PCP, que acusa o Governo de ter uma política que "favorece a acumulação dos grupos económicos" e aumenta "a desigualdade e a injustiça".
TIAGO PETINGA/LUSA
"Se os dados da economia estão melhores, não considera que é um problema que isso não se reflita na vida das pessoas?", perguntou ao primeiro-ministro, defendendo que "quem acumula lucros e enche os bolsos são só grupos económicos" e não trabalhadores e pensionistas.
Para resolver este problema, o PCP reclama "respostas estruturais e não apoios pontuais" como os que têm sido dados às famílias e pensionistas.
António Costa aproveitou a pergunta, para puxar do bolso os bons resultados económicos que trouxe para este debate parlamentar e que constam do relatório da OCDE que diz que Portugal foi "o segundo país da União Europeia que mais cresceu no ano passado".
Para Costa, esses dados sentem-se sobretudo de uma forma: "Emprego, emprego, emprego. Estamos com o emprego em máximos históricos".
Além disso, o primeiro-ministro lembrou os dados que mostram que "os rendimentos declarados no primeiro trimestre à Segurança Social tiveram um aumento de 11,7%", sendo uma parte explicada pelo aumento do emprego, mas outra pelo aumento dos salários.
Costa recorda que a OCDE aponta Portugal como "o segundo país onde o rendimento real mais cresceu em 2022" e declarou a intenção de "dar continuidade à trajetória de aumento do salário mínimo nacional".
O primeiro-ministro afirmou que "o rendimento médio já cresceu 26% desde 2016" e vincou que "só o aumento do subsídio de refeição representa 17 euros a mais todos os meses para os funcionários públicos".
Costa abre porta a que Estado fique na TAP
Paula Santos considerou ser também "um escândalo" o que diz ser "a privatização criminosa da TAP", depois de se saber que a venda da companhia área não decorre de uma imposição de Bruxelas, mas de uma opção política do Governo, e que haverá um bónus fiscal milionário para o comprador que não terá a obrigação de devolver os 3,2 mil milhões que o Estado injetou na empresa.
António Costa, que já chegou a pôr a possibilidade de uma venda total da TAP, deu uma resposta que parece abrir porta a que o Estado mantenha uma participação na companhia aérea.
Costa defendeu os benefícios de uma gestão que pode ser feita "com um parceiro privado que tenha a estratégia correta e que queira atuar com o Estado".
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