Líder do PSD diz que as propostas para a dívida "são o oposto do que nós [CDS/PSD] fizemos no Governo, mas muito próximas do que José Sócrates fez"
A desconfiança perante a actual solução governativa poderá ter motivado o "mau desempenho" do Governo, segundo o líder do PSD, Pedro Passos Coelho. "Muitas pessoas tiveram receio e desconfiança da solução adoptada", afirmou Passos Coelho, acrescentando que há um claro insucesso do Executivo liderado por António Costa.
O líder do PSD compara ainda a economia de Espanha, Irlanda e Chipre, "que passaram por dificuldades", à actual situação nacional.
Trata-se de países cujas economias crescem "mais do que a nossa e atraem mais investimento do que a nossa", sublinhou Passos Coelho. "Porque é que nós não conseguimos fazer isso?", perguntou, procurando também explicar "porque que é que ao longo do último ano as coisas afrouxaram" na economia portuguesa.
Para ilustrar um alegado retrocesso nos resultados do Governo, apoiado no parlamento pelo PS, BE, PCP e Verdes, relativamente ao executivo de coligação do PSD com o CDS, entre 2011 e 2015, Pedro Passos Coelho deu o exemplo da Educação. "A extrema-esquerda não gosta da exigência, da disciplina e da avaliação", preferindo "a balbúrdia nas escolas", acusou.
O presidente do PSD disse que "seria natural esperar desconfiança" em relação a forças políticas "que não gostam dos investidores, da União Europeia de que fazemos parte" e que "não gostam de viver" no espaço da moeda única. Essa desconfiança de alguns sectores da sociedade "explica uma parte do mau desempenho do Governo", acrescentou.
Na sua opinião, as alianças entre o PS e os partidos à sua esquerda visa "impedir que o PSD volte a governar", mais do que mobilizar o país "em torno de um projeto de futuro".
Voltando a criticar o relatório sobre a dívida, divulgado esta semana, Pedro Passos Coelho recusou que o País venha "a correr riscos que já correu no passado", com propostas que "são perigosas e são erradas". "O mais grave e perigoso que o BE e o PS querem fazer é deitarem a mão às reservas do Banco de Portugal", disse, acusando aqueles partidos de terem apresentado soluções que "não são de reestruturação da dívida" pública.
As propostas do relatório "são o oposto do que nós fizemos enquanto estivemos no Governo, mas muito próximas do que José Sócrates fez quando" governava o País, referiu. "Percebe-se por que é que o Governo não quis assinar este relatório: foi para não passar pelo enxovalho em Bruxelas", concluiu o líder social-democrata.
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