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Marcelo cortou relações com o filho após caso das gémeas luso-brasileiras

Numa conversa com jornalistas, o Presidente terá admitido que já parecia haver indícios de que Nuno Rebelo de Sousa queria utilizar o nome do pai para proveito pessoal.

Marcelo Rebelo de Sousa afirmou ter cortado relações com o filho, Nuno Rebelo de Sousa, na sequência da polémica das gémeas luso-brasileiras. O jornal Correio Brazilienseadianta que o Presidente da República falou com jornalistas brasileiros sobre o caso que está a ser investigado pelo Ministério Público (MP). 

Marcelo Rebelo Sousa e o filho Nuno Rebelo de Sousa
Marcelo Rebelo Sousa e o filho Nuno Rebelo de Sousa

"Isto é imperdoável, ele sabe que eu tenho um cargo público e político, e pago por isso", terá afirmado o líder português. Ao que parece a relação de Marcelo com o filho, que vive no Brasil, já não era a melhor, mas a polémica de suspeitas de favorecimento das bebés ditou o afastamento definitivo. 

Anteriormente, já parecia haver indícios de que Nuno Rebelo de Sousa queria utilizar o nome do pai para proveito pessoal. O Presidente da República apercebeu-se de tal situação durante uma viagem ao Brasil em que o filho lhe marcou várias reuniões com políticos brasileiros: "Expliquei a um antigo presidente brasileiro, a presidentes de partidos e governantes que, se eu aceitasse que ele fosse, eles ficariam convencidos de que a melhor maneira de se chegar até mim era através do meu filho e o meu filho ficaria convencido de que a melhor maneira de chegar até eles era através de mim".  

A investigação ao caso das gémeas luso-brasileiras foi considerada "um período chato" que "vai continuar a ser chato enquanto for preciso", uma vez que parece estar longe de acabar. Sobre o filho, Marcelo considerou ainda: "Ele tem 51 anos, se fosse o meu neto mais velho e preferido, com 20 anos, eu ia me sentir corresponsável. Mas ele tem 51 anos e é maior e vacinado".  

Em causa estáo caso das gémeas brasileirascom nacionalidade portuguesa que receberam tratamento em Portugal através do Serviço Nacional de Saúde (SNS). As meninas receberam o medicamento Zolgensma em 2020, o que acarretou um custo de quatro milhões de euros. O Ministério Público investiga um favorecimento para que conseguissem ter acesso ao tratamento, mesmo após o parecer negativo dos médicos. Marcelo admitiu ter sido contactado pelo filho - que tinha uma relação próxima com a família das meninas - sobre o caso, e a correspondência trocada entre este último, o Governo e o hospital foi enviada para o MP. 

A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) já determinou que as crianças tiveram acesso irregular ao tratamento.

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