NEWSLETTER EXCLUSIVA PARA ASSINANTES Para que não lhe escape nada, todos os meses o Diretor da SÁBADO faz um resumo sobre o que de melhor aconteceu no mês anterior.
Trump esforçou-se por mostrar que era dele o ascendente sobre Putin. Mas o presidente russo é um exímio jogador de xadrez. Esperou, deixou correr, mas antecipou-se ao encontro de Zelensky em Washington e voltou a provar que é ele quem, no fim do dia, leva a melhor. A Rússia continuar a querer tudo na Ucrânia. Conseguirá continuar as consequências dos ataques a refinarias e petrolíferas?
O que é que a Rússia quer mesmo? “Desmilitarizar”? Falhou completamente. A Ucrânia está hoje muito mais forte que há três anos e oito meses. Travar o alargamento da NATO? Falhanço total. A Aliança alargou a norte com a Finlândia e a Suécia. Para Putin é tudo mais fácil: pôde transformar a Rússia numa economia de guerra, sem qualquer preocupação pelo bem-estar da sua população. A Rússia tornou-se numa ameaça global. Se triunfasse na Ucrânia, a Europa ficará em zona de risco fatal, o que significa que a Rússia poderá, por exemplo, atacar o norte da Europa para dominar o Mar Báltico, bem como provocar uma série de países com vista a desmembrar a União Europeia como um todo. Kaja Kallas tem razão ao avisar: "Moscovo continuará a ser uma ameaça, mesmo depois da guerra na Ucrânia terminar". A defesa europeia até 2030 foi desenhada nesse pressuposto. A Rússia não foi provocada: avançou para a invasão porque Putin quis (e só por isso). Os países do alargamento a Leste da NATO não aderiram à aliança atlântica para conspirarem um ataque a Moscovo: fizeram uma escolha livre e democrática no sentido de aderir a um espaço de segurança e valores comuns. É na Ucrânia que, desde 24 de fevereiro de 2022, está a ser definida a nova fronteira da Europa democrática. Não terá a ver só com o destino dos ucranianos: será o destino de todos nós, europeus.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O centrismo tem sido proclamado por diversas personalidades que não têm a mais pálida ideia do que fazer ao país. É uma espécie de prêt-à-porter para gente sem cultura política e, pior que isso, sem convicções ou rumo definido.
Legitimada a sua culpa, estará Sócrates tranquilo para, se for preciso, fugir do país e instalar-se num Emirado (onde poderá ser vizinho de Isabel dos Santos, outra injustiçada foragida) ou no Brasil, onde o amigo Lula é sensível a teses de cabalas judiciais.