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Humberto Pedrosa e os outros caçadores milionários que financiaram o Chega

Alexandre R. Malhado
Alexandre R. Malhado 12 de agosto de 2021 às 08:00

O ainda acionista da TAP desmente, mas a sua transferência de 5 mil euros está entregue na Entidade das Contas. Não está sozinho, há outros empresários a contribuir. O advogado Francisco da Cruz Martins facilitou almoços com amigos de caça endinheirados para angariar apoios financeiros ao Chega.

Em maio de 2020, um grupo de amigos da caça combinou um almoço diferente. O advogado Francisco da Cruz Martins juntou na sua casa, em Cascais, um conjunto de amigos e conhecidos, todos eles homens de negócio com peso nos mais variados setores da economia nacional, para ouvir André Ventura, deputado e presidente do Chega, e também o seu vice-presidente, Diogo Pacheco de Amorim. Espalhados por duas mesas de jantar, dezenas de empresários ouviram atentamente o novo deputado, entre eles Humberto Pedrosa, dono do grupo Barraqueiro e então administrador e acionista da TAP, e João Maria Bico Bravo, magnata da área da Defesa e dono do grupo Sodarca. Sete meses depois de ser eleito parlamentar pelo Chega, aquele convívio e encontro de networking de Ventura viria a compensar, traduzindo-se em dezenas de milhares de euros de donativos, onde pontuam contributos de Pedrosa e Bravo, mas não só.

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