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Costa e Rio: Defeitos e virtudes do próximo primeiro-ministro

Maria Henrique Espada , Alexandre R. Malhado 30 de janeiro de 2022 às 10:00

Um meteu-se na política quando ainda dava erros de português e nunca mais saiu. Gosta de negociações e de puzzles, políticos e dos outros. O professor que lhe deu 17 viria a achá-lo um otimista irritante. O outro é teimoso, bem-humorado e um otimista. Ceder para agradar não é o seu estilo. Hoje as eleições jogam-se entre estes dois homens.

Na maternidade Alfredo da Costa, António Luís Santos da Costa nasceu a 17 de julho de 1961 num berço multicultural. Do pai Orlando da Costa, escritor comunista oriundo de uma família católica de Margão, recebeu uma longa herança goesa. A António chamava Babush (“rapaz”, em concani, umas das línguas oficiais em Goa). Já a mãe, Maria Antónia Palla, uma das primeiras mulheres jornalistas em Portugal, que chegou a cobrir a guerra colonial, vinha de uma família portuguesa, republicana e laica do Seixal. Numa altura em que o diretor de O Século, Francisco Mata, a tentava elogiar por ser uma mulher que “escreve como um homem”, como revelou a própria, Palla tornou-se feminista. O pai, militante do PCP, foi o sétimo autor português com mais livros proibidos pela PIDE. Dos dois, um denominador comum: a esquerda.

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