António Costa foi entrevistado pelo
Correio da Manhã por ter sido eleito, pela mesma redação, figura nacional de 2022.
Na entrevista, que ocorreu um dia antes da indemnização da TAP a Alexandra Reis se tornar publica, o primeiro ministro falou sobre a sua maioria absoluta, a situação económica do país e rejeitou, mais uma vez, qualquer possível candidatura a Belém.
António Costa considera que as eleições legislativas de 2022 deram uma maioria absoluta ao PS porque "as pessoas compreenderem que era preciso evitar a todo o custo uma crise política", o que segundo o primeiro-ministro poderia ter acontecido após a separação da "geringonça", quando o Bloco de Esquerda e o PCP não aprovaram o Orçamento de Estado. O líder do PS aproveitou ainda para esclarecer que a maioria absoluta não o tornou arrogante: "Uma maioria absoluta que faz acordos na Concertação Social, com as autarquias, com o principal partido da oposição sobre o novo aeroporto, com os partidos no Parlamento, em que é que não é dialogante?"
Relativamente ao futuro António Costa considera que apesar de já ter respondido "30 vezes" à questão de que pode passar por uma candidatura a Belém pode sempre "responder mais uma": "Sobre Belém, nem em 2025, nem em 2030, nem em 2035, nem em vez alguma. Não. Nunca."
Costa faz um balanço do ano que passou, se calhar cedo de mais tendo em conta que além do caso de Alexandra Reis quando esta entrevista foi feita Pedro Nuno Santos ainda fazia parte do executivo, e considera como possitivo, apesar dos constrangimentos originados pela guerra, que Portugal conseguiu "ter um défice e uma dívida" abaixo do previsto.
O primeiro-ministro quis ainda transmitir que sabe o que preocupa todos os portugueses: "O que preocupa as pessoas é saber como é que vão conseguir pagar a renda da casa, a conta do supermercado ou a fatura da eletricidade. O Correio da Manhã é o jornal, presumo eu, que mais vende no País. Se virem os temas que vocês escolhem para capa e aquilo que os vossos concorrentes escolhem, percebem bem porque é que vendem mais. É porque falam mais daquilo que interessa às pessoas do que daquilo que interessa aos comentadores. O meu dever é para com os portugueses, não para com os comentadores."