O presidente da Rússia critica a Ucrânia por estar dependente de outros países como os EUA, referindo que as embaixadas norte-americanas controlam os organismos anti-corrupção no país e referindo que os Estados Unidos e a NATO tornaram o país, inadvertidamente, num "teatro de guerra", "inundando a Ucrânia com armas do Ocidente nos últimos meses".
À espera do "sim" de Putin, Rússia está "preparada para invadir" a Ucrânia
Putin critica ainda aquilo que chama de "marginilização da língua" na Ucrânia, referindo que o país está "cheio de clãs oligárquicos" e que se prepara para executar a igreja ortodoxa russa. "A Ucrânia é uma colónia dos EUA com um regime de marionetas", disse.
O presidente russo dirige-se depois para uma sala, onde assina os decretos de reconhecimento de independência das regiões ucranianas de Luhansk e Donetsk, junto dos representantes das mesmas.
UE pronta para impor sançõesAntes da transmissão de Putin, a União Europeia tinha-se demonstrado pronta para impor sanções se Moscovo a independência das regiões separatistas do leste da Ucrânia reconhecesse.
"Partimos do princípio de que o Presidente Putin não o fará, mas, se o fizer, colocarei o pacote de sanções na mesa dos ministros" europeus, advertiu Josep Borrell, no final de uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE em Bruxelas.
Entretanto, a ONU instou "todas as pessoas envolvidas a evitarem qualquer decisão ou ação unilateral que possa atentar contra a integridade territorial da Ucrânia", declarou hoje o seu porta-voz, inquirido sobre um eventual reconhecimento por Moscovo da independência das regiões separatistas ucranianas de Donetsk e Lugansk.
"Sublinhamos o nosso apelo para o fim imediato das hostilidades, para a máxima contenção por todas as partes, a fim de evitar qualquer ação e declaração que agrave ainda mais as tensões", disse também Stéphane Dujarric, defendendo que todos os diferendos devem "ser abordados através da diplomacia".