Se países reagirem, enfrentarão consequências como nunca antes, ameaçou o presidente russo. Declaração foi feita na televisão ao amanhecer
Eram 5h45 em Moscovo. Numa declaração feita na televisão antes de amanhecer, Vladimir Putin anunciou que as forças russas lançaram uma grande operação militar sobre a Ucrânia mas que não tem intenções de ocupar o país, segundo noticia a BBC. E que qualquer tentativa de travá-las levaria a uma resposta "instantânea".
Vladimir PutinReuters
Segundo o presidente russo, o objetivo desta "operação militar especial" é a "desmilitarização e desnazificação" da Ucrânia. Mais uma referência às alegações, rejeitadas pelo ocidente, de que este país é gerido por neo-nazis. "Esta é a linha vermelha sobre a qual eu falei muitas vezes". E, continuou segundo cita o jornal Politico, "eles ultrapassaram-na."
O mesmo jornal refere que a declaração foi feita ma mesma sala do Kremlin onde, no dia 21, fez o seu discurso pré-guerra. E, nota o Politico, aparentava usar a mesma gravata vermelha desse dia. Em simultâneo decorria em Nova Iorque um Conselho de Segurança das Nações Unidas onde era pedido à Rússia que reduzisse a escalada militar e restringisse os exercícios junto às fronteiras ucranianas.
Putin disse ainda que esta é uma resposta ao pedido de ajuda feito pelos separatistas pro-russos, em regiões como Donbas, que estão a ser alvo de um "genocídio pelo regime de Kiev há oito anos". O jornal Politico refere que esta será "uma aparente referência" aos protestos a favor de Viktor Yanukovych, um presidente pro-russo, em 2014.
Pouco depois desta declaração televisiva de Putin, era anunciado pela Ucrânia que a Rússia tinha atacado alvos militares no país numa "invasão de larga escala". As manobras militares, que terão sido direcionadas a postos fronteiriços, à cidade portuária de Mariupol e a bases aéreas e antiaéreas ucranianas, terão feito logo ao início da manhã oito mortos. As agências internacionais também davam conta de sirenes anti-aáreas a soarem na capital, Kiev. O presidente ucraniano declarou entretanto a lei marcial, pedindo a todos os ucranianos para ficarem em casa.
Putin sugeriu que as forças militares ucranianas baixassem as armas para evitar um "banho de sangue". E quanto a eventuais reações internacionais, nomeadamente dos Estados Unidos, Putin avisou que "se o fizerem, vão enfrentar consequências maiores do que alguma vez enfrentaram na história. Todas as decisões relevantes foram tomadas. Espero que me oiçam."
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