As forças israelitas garantem que não houve ataques diretos ao hospital e que não se registam danos estruturais nos edifícios circundantes, enquanto acusam as autoridades de Gaza de inflacionar o número de mortos.
As forças armadas israelitas dizem ter provas de que não foram os autores do ataque ao hospital na Faixa de Gaza que ocorreu na noite de terça-feira e que matou centenas de palestinianos. De acordo com um porta-voz, uma investigação terá confirmado "que não houve qualquer disparo das Forças de Defesa de Israel a partir da terra, mar ou ar que atingisse o hospital", referindo ainda que no momento da explosão, as tropas de Israel monitorizaram disparos feitos da parte traseira do hospital, onde se encontra um cemitério.
REUTERS/Mohammed Al-Masri
Uma chamada entre elementos do Hamas onde são referidos "rocketsfalhados" é também apresentada por Israel como prova da autoria do ataque. "As provas, que partilhamos com todos vós, confirmam que a explosão num hospital de Gaza foi causada pelo disparo de um foguete falhado da Jihad Islâmica", insistiu Daniel Hagari, porta-voz das forças armadas, numa conferência de imprensa.
Para comprovar estas acusações, o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel partilhou na rede social X uma comunicação intercetada entre dois membros do Hamas e na qual estarão a falar sobre a forma como o hospital foi atingido por um míssil falhado disparado dentro de Gaza.
Hamas terrorists in their own voices:
Listen to the conversation between Hamas operatives as they discuss the failed Islamic Jihad rocket launch on the Al-Ahli Baptist Hospital on October 17, 2023 pic.twitter.com/PUUuqE2Imu
"Terroristas do Hamas nas suas próprias vozes: Ouça a conversa entre agentes do Hamas enquanto discutem o lançamento fracassado do míssil da Jihad islâmica no Hospital Al-Ahli a 17 de outubro de 2023", indica a publicação. As forças israelitas garantem que não houve ataques diretos ao hospital Al-Ahli e que não se registam danos estruturais nos edifícios circundantes, ao mesmo tempo que acusam as autoridades de Gaza de inflacionar o número de mortos provocados pelo incidente. Ainda assim, creem que o número de mortes causadas pela explosão será o mais elevado de todos os incidentes que ocorreram em Gaza desde o início da ofensiva israelita.
Do outro lado, as autoridades palestinianas em Gaza continuam a culpar Israel pelo ataque ao hospital e o porta-voz do Ministério da Saúde pediu que seja julgado como um "crime de guerra": "Um novo crime de guerra foi cometido no bombardeamento do Hospital Al-Ahli Arabi, no centro da Cidade de Gaza, resultado na chegada de dezenas de mártires e feridos ao Complexo Médico Al-Shifa. Deve notar-se que o hospital abrigou centenas de pacientes, feridos e pessoas deslocadas das suas casas devido aos ataques aéreos".
Segundo os dados da inteligência israelita, 450rocketsdisparados pelo Hamas não atingiram os alvos e voltaram a aterrar dentro de Gaza nos últimos 11 dias.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
Queria identificar estes textos por aquilo que, nos dias hoje, é uma mistura de radicalização à direita e muita, muita, muita ignorância que acha que tudo é "comunista"
Trazemos-lhe um guia para aproveitar o melhor do Alentejo litoral. E ainda: um negócio fraudulento com vistos gold que envolveu 10 milhões de euros e uma entrevista ao filósofo José Gil.