Joe Biden pediu aos israelitas que se lembrem que a maioria dos palestinianos não está afiliada ao Hamas e que também sofre com o conflito.
Em Israel, o presidente norte-americano deixou palavras de amizade e disse ter insistido no apelo pela entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, desde que haja inspeções e a ajuda chegue a civis e não ao Hamas. Segundo disse aos jornalistas, Israel concordou.
REUTERS/Evelyn Hockstein
Biden afirmou que os EUA fariam todo o possível para assegurar que o país estava seguro e pediu aos israelitas para não serem consumidos pela raiva, frisando que a maioria dos palestinianos não está afiliada ao Hamas e que também sofre com o conflito. "Quando temos que enfrentar a tragédia e a perda, temos que voltar ao início e lembrar-nos de quem somos", disse. "Somos todos seres humanos, criados numa imagem de Deus com dignidade, humanidade e propósito." Segundo o presidente norte-americano, é essa ideia que os terroristas tentam destruir.
Apesar de o Congresso estar parado, garantiu que ia pedir a aprovação de um pacote de ajuda "sem precedentes", e referiu-se ao Holocausto nazi na II Guerra Mundial para dizer que Israel tinha o apoio dos seus amigos.
"Não vamos aguardar e ficar sem fazer nada de novo. Não hoje, não amanhã, nunca", sublinhou.
Nas redes sociais, Biden disse ter feito "questões duras como amigo de Israel". "Vamos continuar a travar qualquer ator que queira alargar este conflito", assumiu.
Depois das declarações de Biden, o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu emitiu um comunicado sobre a entrada de ajuda humanitária. "À luz do pedido do presidente Biden, Israel não irá impedir ajuda humanitária vinda do Egito desde que seja só comida, água e medicamentos para a população civil do sul da Faixa de Gaza", afirmou. "Israel não deixará entrar qualquer ajuda humanitária vinda do seu território rumo à Faixa de Gaza enquanto os reféns não forem entregues."
O movimento islâmico Hamas lançou em 7 de outubro um ataque surpresa contra o território israelita sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta ao ataque surpresa, Israel desencadeou um bombardeamento generalizado na Faixa de Gaza, numa operação designada "Espadas de Ferro".
Israel tem prosseguido os seus ataques devastadores no território onde o Hamas está no poder desde 2007.
No ataque do Hamas, foram mortos cerca de 1.400 israelitas, incluindo mais de 300 militares, e sequestradas cerca de 200 pessoas que estão retidas na Faixa de Gaza, para além das centenas de mortos entre os combatentes do Hamas que se infiltraram em Israel.
O conflito já alastrou à fronteira israelo-libanesa, com contínuas trocas de disparos de artilharia e bombardeamentos entre o Exército judaico e a milícia xiita libanesa do Hezbollah. Na Cisjordânia ocupada, e desde 07 de outubro, já foram mortos pelo menos 61 palestinianos, centenas ficaram feridos e efetuadas mais de 700 detenções.
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