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Israel identifica corpos de dois reféns enquanto a fronteira em Rafah permanece fechada

Israel avançou que a passagem da fronteira de Rafah, entre Gaza e o Egito, vai continuar fechada “até novo aviso”, enquanto espera pelo regresso de todos os corpos dos reféns.

Israel identificou os restos mortais de dois reféns na manhã deste domingo depois do Hamas ter entregado os seus corpos à Cruz Vermelha na noite anterior.

Retroescavadora remove destroços em Rafah após identificação de reféns
Retroescavadora remove destroços em Rafah após identificação de reféns AP Photo/Jehad Alshrafi

O gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu informou que os corpos pertenciam a Ronen Engel, pai de três filhos que vivia no Kibutz Nir Oz, e Sonthaya Oakkharasri, um trabalhador tailandês do Kibutz Be’eri. Acredita-se que ambos tenham sido mortos durante o ataque do 7 de Outubro e os seus corpos tenham sido sequestrados em Gaza.

A esposa e dois dos filhos de Ronen Engek foram feitos reféns em Gaza e libertados durante o cessar-fogo de novembro de 2023.

Israel também avançou que a passagem da fronteira de Rafah, entre Gaza e o Egito, vai continuar fechada “até novo aviso”. Segundo a declaração do gabinete de Netanyahu a reabertura da fronteira depende da forma como o Hamas conseguir cumprir o seu papel no cessar-fogo em curso e devolver os restos mortais de todos os 28 reféns falecidos. Até ao momento já foram entregues treze corpos, doze deles identificados como reféns.

A entrega dos restos mortais, assim como o aumento da ajuda humanitária que chega a Gaza e a futura governação do enclave estão entre os pontos-chave do cessar-fogo alcançado a 10 de outubro, com base no plano de paz de Donald Trump para terminar com a guerra que dura há já mais de dois anos.

A passagem de Rafah era a única que não era controlada por Israel antes da guerra, no entanto está fechada desde maio de 2024, altura em que Israel assumiu o controlo. A comunidade internacional tem defendido que a reabertura total da passagem vai permitir que os palestinianos consigam ter acesso a tratamentos médicos, mais ajuda humanitária ou até viajarem para visitarem os familiares, tendo em conta que o Egito é casa para dezenas de milhares de palestinianos.

Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, Israel já matou mais de 68 mil palestiniano. Apesar de o ministério ser controlado pelo grupo militar os números são considerados uma estimativa confiável pelas agências da ONU e muitos especialistas independentes.

A Cruz Vermelha alerta ainda que milhares de pessoas estão desaparecidas.

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