A Associação Internacional de Académicos do Genocídio (IAGS) apela a que Israel "cesse imediatamente todos os atos que constituem genocídio, crimes de guerra e crimes contra a humanidade contra os palestinianos em Gaza".
A maior associação académica mundial de especialistas em genocídio aprovou uma declaração a afirmar que Israel está a cometer o crime em Gaza, de acordo com os critérios legais. Oitenta e seis por cento dos 500 membros da Associação Internacional de Estudiosos do Genocídio (IAGS) apoiaram a declaração e afirmaram que as "políticas e ações de Israel em Gaza" cumpriam a definição legal estabelecida no Artigo II da convenção da ONU de 1948 sobre genocídio, afirmou a presidente, Melanie O'Brien, esta segunda-feira.
Especialistas denunciam genocídio de Israel em GazaAP Photo/Jehad Alshrafi
A associação reconhece que as "ações do governo israelita contra os palestinianos incluíram tortura, detenções arbitrárias e violência sexual e reprodutiva; ataques deliberados a profissionais de saúde, trabalhadores humanitários e jornalistas; e a privação deliberada de alimentos, água, medicamentos e eletricidade essenciais à sobrevivência da população". A Convenção da ONU sobre genocídio de 1948, criada após o Holocausto, define genocídio como ações cometidas "com a intenção de destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso".
De acordo com a agência Reuters, o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel manifestou-se e afirmou que estas declarações são "totalmente baseadas em mentiras do Hamas". Israel enfrenta neste momento acusações de genocídio no Tribunal Internacional de Justiça e, em 2024, o Tribunal Penal Internacional (TPI) de Haia emitiu mandados de prisão contra o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e o antigo ministro da defesa de então Yoav Gallant por crimes contra a humanidade e alegados crimes de guerra em Gaza. O mandado de prisão para o chefe do Hamas, Mohammed Deif, foi retirado após a sua morte em julho de 2024.
A declaração da IAGS, com três páginas, também apela a que Israel "cesse imediatamente todos os atos que constituem genocídio, crimes de guerra e crimes contra a humanidade contra os palestinianos em Gaza, incluindo ataques deliberados e assassinatos de civis, incluindo crianças; fome; privação de ajuda humanitária, água, combustível e outros itens essenciais à sobrevivência da população; violência sexual e reprodutiva; e deslocamento forçado da população". Além disso, refere-se ao ataque a Israel liderado pelo Hamas, a 7 de outubro de 2023, como crime internacional. Desde desse dia, morreram perto de 63 mil pessoas em Gaza.
"Esta é uma declaração definitiva de especialistas na área dos estudos sobre genocídio de que o que está a acontecer no terreno em Gaza é genocídio", disse a presidente da associação, em declarações à Reuters. A IAGS, fundada em 1994, aprovou até hoje nove declarações que reconhecem episódios passados e episódios em curso como genocídios.
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