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Teerão confirmou ataque e avisa Telavive para não retaliar enquanto os EUA dizem estar prontos para ajudar Israel a defender-se. Número exato de mísseis ainda não é conhecido.
Israel anunciou que o Irão está a lançar mísseis balísticos contra o país. O sistema de proteção conhecido como Cúpula de Ferro foi ativado e os cidadãos aconselhados a seguir as indicações de segurança divulgadas pelas autoridades. Entretanto a Guarda Revolucionária do Irão confirmou que lançou várias ondas de mísseis, não dando um número exato.
Em todo o país soaram as sirenes que apelam ao abrigo das populações. As forças militares acreditam que cerca de 10 milhões de pessoas estão nas áreas abrangidas pelo ataque de Teerão. Segundo os media israelitas terão sido lançados cerca de 200 mísseis.
As Forças de Defesa de Israel (IDF) publicaram nas redes sociais o mapa das sirenes que foram ativadas esta terça-feira.
O ataque surge depois de Israel ter lançado uma ofensiva terrestre no Líbano, estendendo o conflito à região. A iminência do ataque já tinha sido anunciada pelos EUA e as próprias forças israelitas estavam a prever esse momento. O Irão prometeu retaliar depois dos ataques que mataram líderes do Hezbollah, grupo seu aliado no Líbano.
A Guarda Revolucionária do Irão confirmou tratar-se de uma retaliação pelas mortes de Haniyeh, Nasrallah e Nilforoushan, nos últimos dias em ataques levados a cabo no Líbano. Indicaram ainda que se Israel reagir a este ataque, a resposta de Teerão será ainda "mais esmagadora e ruinosa".
"Após um período de contenção, o Irão apontou dezenas de mísseis para o coração dos territórios ocupados, na sequência do martírio de Ismail Haniyeh [líder do Hamas] (...) da intensificação dos ataques do regime sionista ao Líbano e a Gaza, do martírio do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e do comandante dos Guardas, Abbas Nilforoushan", refere a mensagem transmitida na televisão estatal iraniana.
Já o presidente iraniano deixou nas redes sociais o aviso: estes ataques "são apenas parte da nossa capacidade, não entrem em confronto com o Irão".
Segundo informações recolhidas pela agência Reuters, quem ordenou o ataque foi o próprio líder supremo do Irão, o aiatola Ali Khamenei, que se encontra protegido numa localização segura.
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Ataque Irão-Israel
Os EUA também já reagiram com o presidente, Joe Biden, a garantir que estão prontos para ajudar Israel a defender-se. "Discutimos como os EUA estão preparados para ajudar Israel a defender-se contra estes ataques e para proteger o pessoal norte-americano que está na região", anunciou Biden no X, depois de uma reunião com a vice-presidente, Kamala Harris, e a equipa de Segurança Nacional, na Casa Branca.
Pouco mais de uma hora depois das sirenes começarem a tocar, os responsáveis israelitas davam por concluído este ataque e anunciavam que iriam responder. O ataque foi sério e terá consequências, anunciou o porta-voz das IDF, Daniel Gahari, aos jornalistas. Apesar da dimensão do ataque não causou feridos nem mortes.
"Estão em alerta máximo, tanto a nível defensivo como ofensivo. Vamos defender os cidadãos do Estado de Israel. Este ataque vai ter consequências. Temos planos e vamos agir no tempo e lugar que decidirmos", afirmou.
Já o primeiro-ministro israelita reagiu ao início da noite. "O Irão cometeu um grande erro esta noite e vai pagar por isso", disse Benjamin Netanyahu, antes de entrar para a reunião do seu gabinete de segurança.
A escalada
Apesar de ter sido caracterizada por Israel como limitada, a primeira campanha em solo libanês em 18 anos, está a colocar os soldados israelitas contra o Hezbollah, a milícia apoiada pelo Irão mais bem armada do Médio Oriente. Marca ainda a maior escalada na maior na região desde o início da guerra em Gaza, há um ano, na sequência do ataque do Hamas em Israel.
Segue-se a semanas de ataques aéreos estratégicos de Israel ao Líbano, que causaram a morte dos principais líderes do Hezbollah. Nessas operações milhares de libaneses morreram e milhões fugiram das suas casas. Uma das últimas mortes anunciadas por Israel foi a de Mohammad Jaafar Qasir, que descreveu como o comandante responsável pela transferência de armas do Irão e dos seus aliados.
Por seu lado, o Irão prometeu retaliar, o que levantou receios de um conflito total na região.
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