Estima-se que esta estrada tenha sido utilizada nos últimos 10 dias por mais de 300 mil pessoas para escapar aos bombardeamentos israelitas.
Um ataque israelita registado esta sexta-feira perto da fronteira libanesa de Masnaa com a Síria cortou uma estrada importante utilizada por centenas de milhares de pessoas para fugirem dos bombardeamentos. A informação foi avançada pelo ministro dos Transportes do Líbano, Ali Hamieh, à agência de notícias Reuters.
AP Photo/Hassan Ammar
Estatísticas do governo libanês indicam que mais de 300 mil pessoas fizeram a travessia do Líbano para a Síria nos últimos 10 dias para escapar ao crescente bombardeamento israelita. A grande maioria destas pessoas seria síria.
Sabe-se que o ataque israelita que atingiu esta sexta-feira o território libanês terá provocado uma cratera com quatro metros de largura, segundo Ali Hamieh, e que até ao momento ainda foi relatada nenhuma vítima ou ferido como consequência do bombardeamento, de acordo com o jornal The Guardian. De qualquer das formas, os residentes de mais de 20 cidades do sul do Líbano já foram instados pelos militares israelitas a retirar-se imediatamente, escreveu no X o porta-voz militar das Forças de Defesa de Israel (IDF), Avichay Adraee.
"Qualquer pessoa que esteja perto de elementos, instalações e equipamentos de combate do Hezbollah está a colocar a sua vida em risco", lê-se na publicação.
Avichay Adraee pediu para que os civis se dirigissem para o Norte do rio Awali, que se encontra aproximadamente a 50 quilómetros da fronteira com Israel, e aconselhou que se deslocassem para o sul se quisessem escapar aos ataques israelitas.
O mesmo pora-voz já havia acusado, na quinta-feira, o Hezbollah de recorrer à passagem utilizada por milhares de sírios para transportar equipamento militar para o Líbano. "As FDI não permitirão o contrabando dessas armas e não hesitarão em agir se forem forçadas a fazê-lo, como tem feito durante a guerra", escreveu na sua rede social.
A incursão de Israel no Líbano parece estar a alargar-se. O exército já tinha emitido esta semana ordens de retirada da população para grandes áreas do sul do Líbano.
Vários países, um pouco por todo o mundo, preparam-se também para colocar em prática planos de contingência de retirada dos seus cidadãos do Líbano, após uma escalada do conflito entre Israel e o Hezbollah. Portugal retirou 44 cidadãos do centro do conflito e na quarta-feira o ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, admitiu a possibilidade de um novo repatriamento.
A escalada dos combates entre o Hezbollah e Israel também levantou receios de uma possível entrada dos Estados Unidos e do Irão no conflito do Médio Oriente, mas na quinta-feira o presidente dos EUA, Joe Biden, disse não acreditar numa "guerra total".
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