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Em causa estará a violação da Lei da Segurança Nacional de Hong Kong, que pune a cisão com o regime político e o acordo com forças estrangeiras.
A polícia de Hong Kong está a oferecer uma recompensa de 1 milhão de Hong Kong doláres (cerca de 117 mil euros) por informações que levem à detenção de cinco ativistas pró-democracia. Tratam-se de Frances Hui, Joey Siu, Johnny Fok, Tony Choi e de Simon Cheng.
REUTERS/Tyrone Siu
De acordo com o Departamento de Segurança Nacional, os ativistas terão violado a Lei de Segurança Nacional. A norma pune a secessão (cisão com o regime político), a subversão (revolta), o terrorismo e o acordo com forças estrangeiras. Os cinco são agora acusados de crimes de "incitação à secessão e conluio com forças estrangeiras".
"Eles venderam o seu país e Hong Kong, e negligenciaram os interesses dos habitantes de Hong Kong", disse o representante do Departamento de Segurança Nacional, Li Kwai-wah, durante uma conferência de imprensa. "O Departamento de Segurança Nacional irá persegui-los até o fim."
Em agosto de 2019, Simon Cheng foi detido, depois de ter sido acusado de incitação à agitação política da cidade. No final desse ano, o ativista e antigo funcionário da embaixada do Reino Unido, contou ao canal da BBC que a China o havia "algemado, vendado e encapuzado", durante o tempo em que esteve preso. Mais tarde, o jovem recebeu asilo no Reino Unido e criou a Hong Kongers in Britain, uma organização sem fins lucrativos.
O Reino Unido e os Estados Unidos, que abrigam agora vários dos ativistas, condenam esta medida. O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, David Cameron, entretanto já veio a defender que a ação de Hong Kong é "uma ameaça à nossa democracia e aos direitos fundamentais". Já o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, afirmou que esta medida mostra um "desrespeito flagrante" pelas normas internacionais.
Além do governo também já os próprios ativistas reagiram a este anúncio da recompensa. "Ser caçado pela polícia secreta da China sob uma recompensa de um milhão de dólares de Hong Kong, é uma honra para toda a vida", escreveu no X Simon Cheng. "Se o governo considera a busca pela democracia e pela liberdade um crime, abraçamos as acusações para revelar a face genuína da justiça social."
Já a ativista Joey Siu disse: "Nunca serei silenciada, nunca recuarei". Em 2019, a jovem de 24 anos desempenhou um papel fundamental nos protestos de Hong Kong. Depois disso, fugiu para os Estados Unidos.
O grupo de direitos humanos Amnistia Internacional entretanto já apelou para que Hong Kong retire estas recompensas e liberte as pessoas que se encontram detidas, acusadas de terem ajudados os ativistas exilados. "Essas recompensas não apenas ameaçam a liberdade e a segurança dos ativistas visados, mas também têm consequências de longo alcance para outros ativistas, que agora se sentem cada vez mais incertos sobre a sua segurança, seja em Hong Kong ou no exterior", disse Sarah Brooks, representante do grupo e diretora regional adjunta da Ásia.
Em julho deste ano, Hong Kong também havia anunciado recompensas semelhantes paraoito ativistas que vivem no estrangeiro, nomeadamente para Nathan Lawue, que foi considerado o legislador mais jovem do território chinês, até ter sido preso pelo seu envolvimento nos protestos pró-democracia em 2014. Na altura, as autoridades conseguiram deter apenas os seus apoiantes, mas ainda assim a ação mereceu duras críticas a nível internacional.
Até ao momento sabe-se que já foram presas cerca de 300 pessoas, ao abrigo da Lei de Segurança Nacional de Hong Kong. Entre elas encontra-se, por exemplo, o empreendedor Lai Chee-Ying que na próxima segunda-feira, 18, irá a julgamento, onde é acusado de conluio com forças estrangeiras, neste caso com os Estados Unidos.
Com 76 anos Jimmy Lay, como também é conhecido, é fundador da retalhista Giordana, da empresa de comunicação Next Digital e ainda do jornalApple Daily, agora extinto.
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