Shiri, Ariel, Kfir e Yarden Bibas foram sequestrados pelo Hamas durante os ataques de 7 de outubro, e deixados de fora da lista de reféns libertados no dia 25.
Shiri, Yarden, Ariel e Kfir. São estes os nomes da família Bibas, pais e filhos de cinco e dois anos, respetivamente, que foi sequestrada pelo Hamas durante os ataques de 7 de outubro. Ficaram fora da lista de reféns libertados no sábado, dia 25: e segundo os seus familiares numa declaração, o "mundo desmoronou-se".
O Hamas decidiu libertar as militares das Forças de Defesa de Israel (FDI) Karina Ariev, Daniella Gilboa, Liri Albag e Naama Levy, o que levantou preocupações em Israel em relação à libertação da família. Segundo o acordo de cessar-fogo e a libertação de reféns em Gaza, o grupo terrorista devia dar prioridade à libertação de mulheres e crianças civis. Se Shiri e os filhos ainda não foram entregues, receia-se o pior.
Daniel Hagari, o porta-voz das FDI, criticou o Hamas por não ter cumprido o acordo: "O Hamas não cumpriu as suas obrigações de libertar primeiro as mulheres israelitas reféns civis". Israel está determinado em "fazer regressar Arbel Yehoud, uma cidadã israelita raptada perto de Oz, bem como Shiri Bibas e os seus dois filhos, Kfir e Ariel, cujo bem-estar nos preocupa extremamente".
O comunicado dos familiares de Bibas critica ainda a cobertura mediática israelita ao anúncio do Hamas, por não mencionar "a nossa dor, a nossa luta e, acima de tudo, a tragédia de não se encontrarem na lista".
"Será que a grande preocupação com as suas vidas anula o facto de serem civis em cativeiro que têm de ser trazidos para casa?", perguntou a família. "Será que a grande preocupação com a vida de Shiri significa que já não há necessidade de mostrar a sua fotografia como uma civil raptada em Gaza cujo destino permanece desconhecido? A resposta é - não".
Quando foram capturados pelo Hamas, Kfir Bibas tinha apenas nove meses e o seu irmão Ariel, quatro anos. Não é certo se a família se encontra viva, mas as autoridades israelitas partilharam um vídeo do momento da sua captura que mostra que Shiri e as crianças terão sido separadas do pai, Yarden Bibas.
Durante os últimos meses, o grupo terrorista Hamas divulgou vídeos de reféns a pedir um acordo de cessar-fogo ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu. Em novembro de 2023, foi publicado um vídeo de Yarden em que ele era informado que a sua mulher e filhos tinham sido mortos.
A brigada al-Qassam do Hamas confirmou que Shiri e os seus filhos tinham sido mortos num ataque aéreo das Forças de Defesa de Israel em Khan Younis, no sul de Gaza. No entanto, o governo israelita disse desconhecer o estado de saúde da família e avisou que os anúncios do Hamas podiam ser uma estratégia psicológica.
A 7 de outubro, o Hamas raptou 251 pessoas. Acredita-se que 91 destes reféns se encontram vivos em Gaza, bem como os corpos de 34 pessoas cuja morte foi confirmada pelas Forças de Defesa de Israel.
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