"Estou profundamente envergonhado das minhas ações e reconheço a dor que causaram. Assumo total responsabilidade pela minha decisão errada de continuar a comunicar com Epstein", frisou Summers.
Larry Summers, ex-secretário do Tesouro dos EUA, anunciou que se vai retirar do espaço público, após a divulgação de e-mails que mostram que manteve uma relação amigável com Jeffrey Epstein mesmo depois de o financeiro se ter declarado culpado.
Laços entre Epstein e antigo secretário do Tesouro tornam-se foco de atençãoNew York State Sex Offender Registry via AP/Michel Euler
Summers, também antigo presidente da Universidade de Harvard, não detalhou exatamente o que o seu afastamento implicaria, destacando em comunicado divulgado na terça-feira que continuará a lecionar, noticiou a agência Associated Press (AP).
Prometeu também "reconstruir a confiança e reparar as relações com as pessoas que são mais próximas".
"Estou profundamente envergonhado das minhas ações e reconheço a dor que causaram. Assumo total responsabilidade pela minha decisão errada de continuar a comunicar com Epstein", frisou Summers.
O Center for American Progress (CAP), um 'think tank' progressista com sede em Washington, confirmou na terça-feira que Summers ia a "encerrar a sua bolsa de estudos" no organismo.
Um porta-voz do orçamento de Yale afirmou ainda que Summers já não é membro do grupo consultivo da organização.
A OpenAI, criadora do ChatGPT, recusou comentar na terça-feira se Summers se vai 'desligar' do seu conselho de administração, encaminhando as perguntas para a porta-voz de Summers, Kelly Friendly, que disse não ter nada a acrescentar "além da sua declaração".
Summers juntou-se ao conselho da OpenAI em novembro de 2023, como parte de um esforço para restaurar a estabilidade da organização sem fins lucrativos e trazer de volta o seu CEO, Sam Altman, após a demissão de Altman pelos membros anteriores do conselho dias antes.
O anúncio de Summers surgiu poucos dias depois de o Presidente Donald Trump ter publicado na sua plataforma, a Truth Social, que iria pedir ao Departamento de Justiça e ao FBI (polícia federal) que investigassem a relação de Summers com Epstein, juntamente com o ex-presidente Bill Clinton e o fundador do LinkedIn e doador democrata Reid Hoffman.
A procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, revelou posteriormente que designou um procurador federal de alto nível para liderar a investigação.
Epstein suicidou-se numa prisão de Manhattan enquanto aguardava julgamento em 2019, acusado de abuso sexual e tráfico de menores.
E-mails divulgados na semana passada mostraram que muitos membros da vasta rede de amigos ricos e influentes de Epstein continuaram em contacto com ele muito tempo depois da sua confissão de culpa em 2008, quando se declarou culpado de aliciar uma menor para a prostituição.
Summers foi secretário do Tesouro de 1999 a 2001, durante a administração de Bill Clinton. Foi reitor de Harvard durante cinco anos, de 2001 a 2006.
Atualmente é professor e diretor do Mossavar-Rahmani Center for Business and Government da universidade.
A senadora democrata Elizabeth Warren, do Massachusetts, frisou à estação CNN acreditar que Harvard deve romper relações com Summers, afirmando que este "não é de confiança" para lidar com os estudantes.
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