A companhia aérea tomou a medida de precaução de imobilizar temporariamente a frota de 65 aviões do modelo envolvido no acidente.
Um avião da Alaska Airlines perdeu uma parte da fuselagem, camada de proteção exterior da estrutura do avião, e uma janela em pleno voo, forçando a uma aterragem de emergência esta sexta-feira, 5, no aeroporto Internacional de Portland, EUA.
O Boeing 737 Max 9, que levava 174 passageiros e seis tripulantes, voltou atrás após a descolagem às 17h07. A cerca de 5 mil metros, retornou tendo aterrado em emergência às 17h26, de acordo com dados de rastreamento de voo do site FlightAware.
Os bombeiros foram então chamados a avaliar os ferimentos dos passageiros após a aterragem. Não se verificou nenhum ferimento grave, segundo o Corpo de Bombeiros do Porto de Portland.
Em comunicado na sexta-feira, a Alaska Airlines disse que "o voo 1282 de Portland, Oregon, para Ontário, Califórnia, sofreu um incidente esta noite logo após a partida", e que estava a trabalhar no avião para entender o ocorrido. Na sequência do sucedido, a companhia aérea tomou "a medida de precaução de imobilizar temporariamente a nossa frota de 65 aviões Boeing 737-9".
Ainda não foram detalhados os pormenores que envolveram o acidente, mas a Alaska Airlines espera que as aeronaves passem "por uma manutenção completa e inspeções de segurança nos próximos dias antes de retornar ao serviço."
"Foi muito abrupto, chegou à altitude, e a janela ou parede simplesmente explodiu e não percebi até que as máscaras de oxigénio saíram", disse Rinker Kyle à CNN.
Num vídeo de um passageiro mostra a secção lateral da fuselagem onde estaria a faltar uma janela, expondo assim os passageiros ao exterior.
"A mãe estava a segurá-lo", disse Evan Smith, que estava entre os passageiros, à KATU sobre uma criança que estava sentada com a mãe, que teve a camisa "arrancada" e sugada do avião. "Ouvi um grande estrondo na parte traseira esquerda, um som sibilante e as máscaras de oxigénio foram acionadas instantaneamente", acrescentou.
O Boeing 737 Max 9 saiu da linha de montagem e recebeu a certificação há apenas dois meses, de acordo com registos online da Administração Federal de Aviação, que também está a investigar o caso.
Este avião é a versão mais recente do 737 da Boeing, um avião de corredor único frequentemente usado em voos domésticos nos Estados Unidos. Dois aviões Max 8 caíram em 2018 e 2019, tendo matado cerca de 346 pessoas.
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