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Centenas de voos cancelados após perda de porta durante o voo

Andreia Antunes com Ana Bela Ferreira
Andreia Antunes com Ana Bela Ferreira 07 de janeiro de 2024 às 17:51
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A Alaska Airlines imobilizou todos os seus aviões Boeing 737 Max 9 no sábado, após avião perder a fuselagem e uma janela em pleno voo, forçando a uma aterragem de emergência esta sexta-feira.

Milhares de passageiros enfrentam o risco de cancelamento de voos após as autoridades americanas imobilizarem temporariamente 171 aviões Boeing 737 Max 9, o mesmo modelo do avião que perdeu uma parte da fuselagem em pleno voo.

Instagram/@strawberrvy via REUTERS

"A FAA exige inspeções imediatas a certos aviões Boeing 737 MAX 9 antes de poderem voltar a voar", declarou Mike Whitaker, administrador da Administração Federal da Aviação, no sábado. "A segurança continuará a orientar a nossa tomada de decisões enquanto ajudamos a investigação do NTSB sobre o voo 1282 da Alaska Airlines".

Foram ainda imobilizados cerca de 79 aviões 737 Max 9, para inspeções, que podem demorar até entre as quatro a oito horas, em todo o mundo. Segundo a companhia aérea, as perturbações nos voos deverão prolongar-se até à próxima semana.

Os responsáveis da Boeing, na mesma declaração, afirmaram que concordam e apoiam a "decisão da FAA de exigir inspeções imediatas aos aviões 737-9 com a mesma configuração do avião afetado".

A Alaska Airlines declarou ter cancelado 160 voos no sábado, tendo afetado cerca de 23 mil passageiros. Já United Airlines cancelou 104 voos, cerca de 4% das partidas. Estas são as únicas companhias aéreas americanas que utilizam os aviões Boeing 737 Max 9.

A maior parte dos aviões afetados são propriedade das companhias aéreas americanas, apesar de outras companhias aéreas que também pilotam estes aviões os terem retirado temporariamente de serviço.

O regulador de segurança da aviação da União Europeia referiu que nenhuma companhia aérea dos Estados-Membros da UE "opera atualmente um avião com a configuração afetada." Um regulador de segurança aérea britânico disse que exigiria que qualquer operador do 737 MAX 9 cumprisse a diretiva da FAA para entrar no seu espaço aéreo.

A Alaska Airlines imobilizou pela primeira vez todos os seus aviões Boeing 737 Max 9 no sábado, após o voo 1282 perder uma parte da fuselagem, camada de proteção exterior da estrutura do avião, e uma janela em pleno voo, forçando a uma aterragem de emergência esta sexta-feira, dia 5, no aeroporto Internacional de Portland, EUA.

O Boeing 737 Max 9, que levava 174 passageiros e seis tripulantes, voltou atrás após a descolagem às 17h07, tendo feito um aterragem de emergência às 17h26, de acordo com dados de rastreamento de voo do site FlightAware. O avião aterrou em segurança no aeroporto Internacional de Portland, sem nenhum passageiro ferido com gravidade.

O diretor do Conselho Nacional de Segurança dos Transportes afirmou que os dois lugares junto à parte da fuselagem que explodiu estavam desocupados, o que impediu que o incidente se transformasse em algo "mais trágico".

O Boeing 737 Max 9 saiu da linha de montagem e recebeu a sua certificação há apenas dois meses. A Boeing afirmou que estava a trabalhar para recolher mais informações e que estava pronta para apoiar a investigação do acidente.

Este avião é a versão mais recente do 737 da Boeing, um avião de corredor único frequentemente usado em voos domésticos nos Estados Unidos. Dois aviões Max 8 caíram em 2018 e 2019, tendo matado cerca de 346 pessoas, o que levou a uma imobilização mundial de quase dois anos de todos os aviões Max 8 e Max 9.

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