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CEO da TAP quer esperar por relatório final da IGF para tomar decisões

A presidente-executiva da companhia aérea nacional informou que a empresa irá seguir todas as recomendações feitas no relatório, sem comentar a possibilidade de uma saída da empresa.

A presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, garante que a companhia aérea vai cumprir as recomendações do relatório final da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) sobre a indemnização paga à ex-administradora Alexandra Reis, independentemente de quais forem. 

TIAGO PETINGA/LUSA

"É um processo muito delicado e vamos esperar pelo relatório final", afirmou Ourmières-Widener esta quinta-feira, não comentando a hipótese de abandonar a direção da companhia aérea nacional: "Não posso dar uma perspetiva pessoal".

Christine Ourmières-Widener considera que "o Presidente da República tem o direito de exigir consequências", mas reitera que é preciso "esperar pelas conclusões do relatório". "Temos respondido a todas as perguntas e dado todos os documentos. Agora, temos de esperar pelo relatório final", reforçou.

Ainda sobre o inquérito parlamentar, Christine Ourmiéres-Widener garantiu que vão "seguir o dever decomplianceegovernancee entregar todos os documentos que forem precisos. Nunca escondemos nada, não é um problema para nós".

As declarações de Christine Ourmiéres-Widener, à margem da apresentação de novas rotas a partir do Porto na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) surgem numa altura em que está prestes a ser publicado o relatório final da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) sobre a indemnização paga pela TAP à ex-administradora Alexandra Reis.

Será com base nesse parecer que o ministro das Finanças irá depois comunicar, com base nas propostas apresentadas pelo parecer da IGF, as decisões que determinará à administração da TAP. O parecer não é vinculativo, mas irá dar várias propostas de caminho para que o gabinete de Fernando Medina adote as ações adequadas que conduzam à reposição de nulidades ou irregularidades seguidas nos termos da negociação do acordo de saída de Alexandra Reis.

As conclusões preliminares do relatório, que está em fase de contraditório, apontam para a devolução de pelo menos parte dos 500 mil euros, uma vez que o acordo de saída da transportadora aérea terá violado o Estatuto do Gestor Público. No entanto, ainda está tudo em aberto. Caso Alexandra Reis não concorde com a decisão, poderá optar pelo caminho da litigância, por exemplo, por considerar que não houve qualquer ilegalidade.

Em dezembro do ano passado, após ser demitida das Finanças, Alexandra Reis garantiu que iria devolver o montante caso fosse provado que a lei não foi cumprida. "Nunca aceitei — e devolveria de imediato caso já me tivesse sido paga — qualquer quantia em relação à qual não estivesse convicta de estar ancorada no estrito cumprimento da lei", sublinhou. E garantiu então que "esse princípio se aplica também aos termos" da sua "cessação de funções na TAP".

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