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Uma equipa de cientistas norte-americana desenvolveu um fármaco capaz de parar os espermatozóides durante 30 minutos.
Pode estar para breve uma pílula para homens. Equipa de cientistas estudou um fármaco que consegue impedir os espermatozoides de se moverem em ratinhos e acreditam que conseguem reproduzir o efeito em humanos.
Reuters
Em 2018, Melanie Balbach, uma cientista da faculdade médica de Weill, da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, mostrou um vídeo aos seus chefes onde se mostrava esperma de ratinhos de laboratório em que os espermatozoides estavam parados. "Ela mostrou um vídeo do espermatozoide sem se mexer, apenas a abanar", contou Lonny Levin, professora na faculdade, ao Washington Post. "Disse-lhe que ela tinha ali o Santo Graal. Que aquilo era um contracetivo masculino", acrescentou.
No estudo publicado esta terça-feira na revista científica Nature Communications, a equipa por trás do fármaco eficaz em ratinhos explica que uma versão melhorada do mesmo pode impedir o espermatozoide de maturar e nadar, impedindo uma gravidez. O estudo revela ainda que este medicamento é eficaz 30 minutos depois da vacina ser aplicada e que passadas duas horas e meia, alguns espermatozoides começaram a mexer e a fertilidade dos ratos voltou a subir. Tirados do fármaco, os ratos puderam reproduzir-se como antes.
Esta descoberta abre o caminho para um novo mundo de possíveis contracetivos masculinos (os principais atualmente são a vasectomia e o preservativo). A grande maioria dos restantes contracetivos são usados por mulheres (pílulas, dispositivos intrauterinos (DIUs), preservativos femininos, diafragmas, etc.).
Uma professora de obstetrícia questionada pelo jornal norte-americano, Wipawee "Joy" Winuthayanon, explicou que esta descoberta pode ser um grande passo para os contracetivos masculinos. Segundo a especialista, a maior parte dos tratamentos hormonais para homens em desenvolvimento atualmente tentam impedir a promoção de espermatozoides. Grande parte destes medicamentos demoram várias semanas a tornarem-se eficazes (o corpo humano demora dois meses e meio a substituir todos os espermatozoides ativos) e igualmente muito tempo a serem revertidos.
Este medicamento, chamado adenilato ciclase solúvel(sAC) por sua vez, teria um efeito quase imediato. Era tomado um comprimido e durante X tempo, os espermatozoides não estariam ativos.
A pesquisa por contracetivos masculinos tem sofrido grandes contratempos ao longo dos anos, já que é difícil arranjar voluntários para testar os medicamentos entre homens saudáveis. Além disso, só em fases muito avançadas de pesquisa é que são dadas permissões para testar contracetivos em humanos. Outro dos grandes problemas encontrados com medicamentos para "desativar" os espermatozoides é que as proteínas envolvidas nesse processo são importantes para outras funções.
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