A juíza nova-iorquina Analisa Torres também considerou as queixas apresentadas pela defesa de Jay-Z “inapropriadas, um desperdício de recursos judiciais e uma tática que dificilmente beneficiará o cliente”.
A juíza nova-iorquina Analisa Torres decidiu quea mulher que acusa de violação os rappersnorte-americanos Jay-Z (Shawn Carter) e P. Diddy (Sean Combs) pode prosseguir com a ação legal anonimamente.
REUTERS/Mike Blake/File Photo
A decisão foi tomada na passada quinta-feira, 26 de dezembro, e de acordo com a ordem judicial a que a revista Variety teve acesso, a juíza também terá criticado a conduta dos advogados de defesa de Jay-Z pela "apresentação incessante de moções combativas contendo linguagem inflamatória e ataques ad hominem [a Tony Buzbee, advogado da mulher que apresentou queixa]".
Além disso, a juíza terá referido que as queixas apresentadas pela equipa jurídica do rapper são "inapropriadas, um desperdício de recursos judiciais e uma tática pouco provável de beneficiar o cliente [Jay-Z]".
A ação judicial foi entregue ao tribunal no passado mês de outubro e a mulher, que alega ter sido agredida sexualmente aos 13 anos por Jay-Z (Shawn Carter) e P. Diddy, em 2020, apresentou-se como "Jane Doe" [nome utilizado nos EUA quando a identidade não é conhecida ou não pode ser revelada]. Inicialmente, o processo acusava apenas Sean Combs, mas em dezembro Shawn Carter também foi incluído no processo. De acordo com as alegações da mulher, que é natural do Alabama, a violação terá acontecido em Nova Iorque, nos EUA, durante uma festa e após a entrega dos prémios MTV Music Awards.
O advogado de Jay-Z, Alex Spiro, solicitou que a identidade da acusadora fosse revelada e que o músico fosse retirado do processo. Para esse efeito, citou um relatório da NBC News que revelava algumas "inconsistências e impossibilidades absolutas" nas alegações feitas pela mulher. "Cometi alguns erros", disse a acusadora em declarações ao canal de televisão. Ainda assim, o pedido apresentado pela defesa de Jay-Z foi negado pela juíza.
O advogado Tony Buzbee também apresentou uma ação judicial contra a empresa Roc Nation, que pertence ao rapper.
"Não sou do vosso mundo moral. Sou um jovem que conseguiu sair do projeto de Brooklyn. Não jogamos este tipo de jogos. Temos códigos e honra muito rigorosos. Nós protegemos as crianças, vocês parecem explorar as pessoas para ganho pessoal. Só a vossa rede de teóricos da conspiração, de falsos físicos, acreditará nas afirmações idiotas que fizeram contra mim e que, se não fosse a gravidade dos danos causados às crianças, seriam risíveis", afirmou Jay-Z num longo comunciado que publicou nas redes sociais, mal soube do processo.
P. Diddy, o outro acusado neste caso, encontra-se detido numa prisão em Brooklyn, no estado de Nova Iorque, desde setembro, e enfrenta acusações federais de tráfico sexual. O seu julgamento deve começar em maio e o rapper vai ficar preso até lá.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.