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Kitagawa, uma figura poderosa no entretenimento japonês, convidava de forma regular jovens cantores e bailarinos, muitos deles ainda menores, para dormirem na sua mansão.
Johnny Kitagawa, um magnata japonês e fundador de uma agência de talentos especializada em bandas masculinas, foi acusado de ter cometido durante várias décadas dezenas de abusos sexuais contra jovens artistas. Esta quinta-feira, a empresa Johnny & Associates veio reconhecer, pela primeira vez, os crimes.
Yuichi Yamazaki/Getty Images
Em 1999 o Shukan Bunshun, um jornal local, publicou a primeira reportagem sobre os alegados abusos mas só em março deste ano, depois de ser divulgado um documentário da BBC, é que o Japão se apercebeu da verdadeira dimensão do caso.
Vários políticos e especialistas de direitos humanos exigiram que fossem abertas investigações e a Johnny & Associates acabou por aceder. O relatório veio demonstrar que o magnata usava a influência que tinha sobre rapazes que queriam alcançar o estrelato para cometer crimes sexuais de forma "repetida e continuada", durante várias décadas.
Mas foi mais longe e, depois de ouvirem mais de quarenta testemunhos, ficou provado que os membros de topo da agência tinham conhecimento dos crimes e nada fizeram para os impedir.
Esta quinta-feira, Julie Keiko Fujishima, presidente da empresa e sobrinha do empresário, deu uma conferência de imprensa onde pediu "profundas desculpas às vítimas, pessoas afetadas e fãs" e apresentou a sua demissão. Porém, não esclareceu se a empresa vai avançar com a criação de um fundo de apoio, psicológico ou financeiro, para as vítimas.
Kauan Okamoto, um músico japonês de origem brasileira, foi um dos primeiros rostos a denunciar publicamente os crimes. O artista assinou um contrato com a agência quando tinha apenas 15 anos e diz ter sofrido de abusos do magnata em, pelo menos, 20 ocasiões. Garante ainda que viu colegas seus a serem abusados e garante que, entre 2012 e 2016, Johnny Kitagawa terá abusado de entre 100 e 200 menores.
No Japão são muitos os que pedem o encerramento da Johnny & Associates e falam em boicotes à produtora. Johnny Kitagawa morreu em 2019, aos 88 anos, sem nunca ser formalmente acusado.
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