Sábado – Pense por si

Guarda nazi acusado de "cumplicidade" na morte de 3.300 pessoas

Diogo Barreto
Diogo Barreto 02 de setembro de 2023 às 12:48
As mais lidas

O homem de 98 anos começou a trabalhar no campo de concentração de Sachsenhausen quando tinha 18 anos.

Um antigo guarda de um campo prisional nazi foi condenado esta semana por ter sido cúmplice do homicídio de mais de 3.300 pessoas, 78 anos depois da queda do III Reich.

REUTERS/Hannibal Hanschke

O antigo guarda mora em Frankfurt e tem, atualmente, 98 anos. Segundo os procuradores alemães, o homem "apoiou a morte cruel e maliciosa de milhares de prisioneiros enquanto membro da Schutzstaffel (SS - a polícia do regime)".

O homem, cuja identidade não foi revelada, trabalhou no campo de concentração de Sachsenhausen, tendo começado a trabalhar lá em 1943, dois anos antes do fim da guerra. Após um relatório emitido por um psiquiatra em outubro de 2022, os procuradores alemães responsáveis pelo caso determinaram que o homem de 98 anos ainda dispõe de capacidades cognitivas suficientes para enfrentar o julgamento.

Como era menor aquando dos alegados crimes, o nonagenário vai ser julgado à luz da justiça infantil.

A lei alemã não prevê que crimes de homicídio ou de cumplicidade de homicídio prescrevam, daí os esforços em procurar cúmplices ou responsáveis pelos crimes cometidos durante o Holocausto.

Artigos Relacionados

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.

Cuidados intensivos

Loucuras de Verão

Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.