Laurence de Cars avançou ainda que tinha apresentado a sua renúncia no domingo, logo depois do assalto, mas que a ministra da cultura Rachida Dati recusou.
A diretora do museu do Louvre, em Paris, reconheceu que existiu uma “falha terrível” dias depois de na manhã de domingo quatro homens terem entrado do museu mais visitado do mundo e roubarem joias no valor de 88 milhões de euros.
Laurence des Cars, diretora do museu do Louvre, durante declarações sobre assaltoPhoto AP/Emma Da Silva
Laurence des Cars admitiu também que as câmaras de segurança nas paredes externas do Louvre são “altamente insuficientes”. A diretora foi ouvida na pela comissão de cultura do Senado francês na quarta-feira, naquela que foi a sua primeira intervenção pública desde o assalto, e o senador do partido Les Républicains, Jacques Grosperrin referiu que “o mundo inteiro está chocado e realmente não precisamos disto na França agora”. A isso Laurence des Cars respondeu: “Apesar dos nossos esforços, apesar do nosso trabalho duro diário, nós falhamos”.
A diretora afirmou que todos os alarmes funcionaram durante o assalto, mas admitiu que as câmaras de segurança não cobriram da forma mais adequada o ponto por onde os ladrões entraram. “A única câmara instalada está voltada para o oeste e, portanto, não cobriu a varanda envolvida no arrombamento. Existem algumas câmaras de perímetro, mas estão velhas”, explicou.
No domingo quatro homens usaram um camião com uma escada extensível e elevador de carga para chegarem à sala da Galleria Apollo de onde roubaram nove joias. Os senadores questionaram como é que era possível um camião ter estacionado numa das estradas mais movimentadas junto do Rio Sena, na direção contrária ao trânsito e em cima do passeio durante duas horas e Laurence des Cars recordou que os ladrões colocaram postes na calçada como se estivessem a realizar uma manutenção, mas assim que a janela foi partida os sistemas de alarme dispararam e o protocolo de segurança foi acionado.
Uma das nove joias roubadas era uma coroa da Imperatriz Eugénia, composta por 1.354 diamantes e 55 esmeraldas já foi recuperada pela polícia francesa, mas porque se encontrava partida numa e foi deixada pelos ladrões numa rua perto do museu. Ontem a diretora do museu referiu que esta peça já está a ser avaliada pelos especialistas do museu para que fossem avaliados os seus danos: “As avaliações iniciais sugerem que uma restauração delicada é possível”.
Laurence de Cars avançou ainda que tinha apresentado a sua renúncia no domingo, logo depois do assalto, mas que a ministra da cultura Rachida Dati recusou.
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