"Terá os seus amigos europeus ao seu lado durante o tempo que for necessário. Somos amigos para sempre", frisou a presidente da Comissão Europeia.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, prometeu hoje, durante uma visita a Kiev, que a União Europeia irá ajudar a Ucrânia a enfrentar a Rússia "o tempo que for preciso".
REUTERS/Valentyn Ogirenko
A visita de Von der Leyen decorre em paralelo com um encontro entre os presidentes russo e chinês, Vladimir Putin e Xi Jinping, respetivamente, no Uzbequistão, para uma cimeira regional da Organização de Cooperação de Xangai (SCO), considerada como uma "alternativa" às alianças ocidentais.
Putin aproveitou a ocasião para denunciar as tentativas ocidentais de criar um "mundo unipolar", elogiando a "posição equilibrada" de Pequim, que não criticou nem aprovou a invasão da Ucrânia.
Por seu lado, Xi garantiu que o seu país está pronto para assumir o papel de "grande potência" com a Rússia, insistindo na necessidade de "obter estabilidade face ao caos".
Na Ucrânia, a presidente da Comissão Europeia conversou com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e com o primeiro-ministro, Denys Chmygal, admitindo estar impressionada com "a bravura" das forças ucranianas na frente de guerra e confirmando uma ajuda financeira de 5 mil milhões de euros a Kiev proposta pela Comissão no início de setembro.
"Terá os seus amigos europeus ao seu lado durante o tempo que for necessário. Somos amigos para sempre", afirmou no encontro.
O Presidente ucraniano também acentuou que "a prioridade" do país é entrar no mercado comum da União Europeia, onde bens, serviços e capitais podem circular livremente entre os países.
"A questão prioritária para nós é a integração da Ucrânia no mercado comum da UE, já que estamos a caminho do estatuto de membro da UE", disse Zelensky numa conferência de imprensa conjunta com a presidente da Comissão Europeia.
Esta foi a terceira visita à Ucrânia de von der Leyen - que recebeu hoje uma condecoração das mãos de Zelensky -, mas a primeira desde que a Ucrânia se tornou um país candidato à entrada na UE.
A presidente da Comissão tinha indicado, antes da sua viagem, que as discussões entre os dois responsáveis se concentrariam na forma de "aproximar as economias e as populações à medida que a Ucrânia caminha para a adesão" à União Europeia.
Os europeus aprovaram em junho a candidatura à EU da Ucrânia, que também pretende entrar na NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
A perspetiva é vista como uma ameaça existencial por Moscovo, que lançou, sob esse pretexto, entre outros, uma invasão ao país em 24 de fevereiro.
O Ocidente adotou uma série de sanções contra a Rússia além de fornecer armamento a Kiev, um apoio crucial que permitiu às tropas ucranianas retomar, nas últimas semanas, milhares de quilómetros quadrados de território ocupado pelas forças russas.
No entanto, a Ucrânia também pediu apoio financeiro, já que a sua economia entrou em colapso e o país precisa, segundo estimativas do ministro das Finanças, Sergey Marchenko, de cerca de cinco mil milhões de euros por mês para cobrir o seu défice orçamental.
Na véspera da visita de Úrsula von der Leyen, o Presidente Volodymyr Zelensky visitou a cidade estratégica de Izium (na região de Kharkiv), recentemente recapturada aos russos, de onde prometeu a vitória dos ucranianos.
Zelensky sublinhou que "quase toda a região de Kharkiv foi libertada", tendo sido reconquistadas "400 localidades" graças a uma contraofensiva ucraniana lançada no início de setembro.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.