A Rússia anunciou, no sábado, a suspensão da sua participação no acordo sobre as exportações de cereais dos portos ucranianos após um ataque de 'drones' que visou a frota russa estacionada na baía de Sebastopol, na Crimeia anexada.
A Ucrânia está determinada em "continuar a garantir a segurança alimentar mundial" e a prolongar as suas exportações de cereais, assegurou esta segunda-feira o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ao secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres.
REUTERS/Nacho Doce/File Photo
"Falei com o secretário-geral da ONU, António Guterres. Confirmei o compromisso da Ucrânia com o acordo de cereais", escreveu Zelensky narede social Twitter.
A Rússia anunciou, no sábado, a suspensão da sua participação no acordo sobre as exportações de cereais dos portos ucranianos após um ataque de 'drones' (aeronaves não tripuladas e controladas remotamente) que visou a frota russa estacionada na baía de Sebastopol, na Crimeia anexada.
O acordo, concluído em julho sob a égide da ONU e da Turquia, permitiu a exportação de vários milhões de toneladas de cereais retidos nos portos ucranianos desde a invasão russa em fevereiro, que fez com que os preços dos alimentos disparassem, aumentando o receio da fome.
Numa reunião hoje no Conselho de Segurança das Nações Unidas, o embaixador russo, Vasily Nebenzya, acusou a Ucrânia de usar corredor marítimo aberto para o acordo "para propósitos militares".
Já os Estados Unidos acusaram a Rússia de "extorsão coletiva".
"Parece punição coletiva ou extorsão coletiva. Este não é um assunto que diz respeito apenas a dois países (...). É um imperativo urgente" para os países em desenvolvimento", disse o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Ned Price, a jornalistas.
"A suspensão do acordo por Moscovo representaria uma punição coletiva para o resto do mundo, mas particularmente para países de baixos e médios rendimentos que precisam desesperadamente desses cereais", acrescentou.
Ned Price expressou preocupação com o aumento dos preços dos alimentos em todo o mundo, que já vem sendo sentido devido à incerteza em torno do acordo dos cereais.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,7 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.430 civis mortos e 9.865 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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