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As revelações dos criados da família real britânica

Carlos e William exaltam-se com facilidade, Kate é a apaziguadora e o príncipe André foi capaz de dispensar um funcionário por ter um sinal no rosto. Estes são alguns dos segredos revelados por empregados da Casa Real, no novo livro de Tom Quinn.

O Rei Carlos III e o príncipe William têm frequentes "acessos de raiva quando as coisas não são feitas como eles querem. Ambos irritam-se com facilidade porque são muito exigentes". O protocolo real determina que os fatos do monarca e do príncipe de Gales devem ser engomados e prontos a vestir, após um período de consulta na noite anterior. Os sapatos têm de estar engraxados, as gravatas selecionadas e os banhos devem ser tomados rigorosamente sempre no mesmo horário. Esta é uma das revelações de Yes, Ma’am – The Secret Life of Royal Servants, o novo livro de Tom Quinn, jornalista e especialista em realeza. O autor falou com vários funcionários (antigos e atuais) da Casa Real britânica. Criados, cozinheiros, babás e assessores revelaram, sob anonimato, os dramas e segredos dos Windsor dentro dos palácios.

Kate trata William como o seu quarto filho

Tom Quinn conta que numa ocasião, o príncipe William, de 42 anos, achou que a roupa de Kate era "desadequada" e fez um comentário cruel. Mas o autor revela que a princesa de Gales não se cala a provocações e que goza com ele: "Ela diz-lhe que, à medida que envelhece, William parece-se cada vez mais com o seu tataravô Edward VII" - cuja cintura media 122 cm na altura da coroação. "Não sei o que seria de William sem Kate", disse a Quinn um antigo funcionário do palácio, que acrescentou: "Ela acalma-o quando ele se irrita. Às vezes trata-o como se fosse o seu quarto filho".

Apesar de passar uma imagem de equilíbrio e harmonia familiar, dentro de portas os príncipes de Gales discutem, garantiu uma fonte. O livro também revela que Kate teve de ensinar ao príncipe algumas habilidades básicas na educação dos filhos, como carregá-los às cavalitas. William terá confidenciado à mulher: "O meu pai nunca me fez isso".

Motorista despedido por olhar pelo retrovisor

Outra passagem do livro, que estará à venda a partir do próximo dia 25, descreve como o príncipe André é um dos mais caprichosos da família real. Chegou a dispensar um elemento da sua equipa porque ele "não gostava de um sinal que o homem tinha no rosto" e ordenou a transferência de outro funcionário por "usar uma gravata de nylon". O irmão do Rei Carlos III, envolvido no escândalo de exploração sexual de menores do caso Epstein, também despediu o motorista "por olhar com demasiada frequência para o espelho retrovisor".

O capítulo dedicado a Meghan Markle revela que a mulher do príncipe Harry ganhou o apelido de "Mystic Meg" por parte dos funcionários reais, devido às suas crenças na corrente new age, (doutrina que mistura espiritismo, ocultismo e espiritualidade oriental). Os assessores ficaram preocupados que a norte-americana estivesse a transformar o marido, num "esquerdista abraçador de árvores", que rejeitava os "valores e tradições da sua família".

Os inconvenientes abraços e beijos de Meghan

Alguns dos elementos mais antigos da equipa comparavam Meghan a Wallis Simpson, dizendo que ela tinha voltado para os "assombrar", referindo-se à divorciada norte-americana, que fez com que o tio-avô de Harry, Eduardo VIII, abdicasse do trono quando se casou com ela. Quinn explica que, embora Meghan fosse chamada de "Duquesa das Dificuldades" por alguns funcionários, ela era apoiada por outros elementos que gostavam da sua natureza espontânea e desafiadora. O autor descreve como a equipa do Palácio de Kensington se dividiu entre "a favor de Meghan" e "contra Meghan".

A inadaptação da ex-atriz ao protocolo real fazia com que ela abraçasse o cunhado, William, sempre que se encontravam, o que não era bem visto. "Kate, William e Carlos até estremeciam quando ela se aproximava para os abraçar e Meghan ficava magoada, já que na Califórnia toda a gente se abraça", escreveu o autor. Tom Quinn diz mesmo que os cumprimentos calorosos de Meghan deixavam o herdeiro do trono "desconfortável" e que os "abraços e beijos" da duquesa alimentaram rumores infundados dentro do palácio de que a mulher do Harry estaria a seduzir William".

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