Presidente do PSD nega que os sociais-democratas vão cortar salários ou reformas se voltarem ao Governo.
O presidente doPSD,Rui Rio, acusou, esta quinta-feira, António Costa de "desespero" e de "tentar intimidar" os portugueses ao retomar o discurso do Diabo, negando que os sociais-democratas vão cortar salários ou reformas se voltarem ao Governo.
"O que o líder doPSdisse ontem [quarta-feira] num comício na sessão de campanha demonstra já - e não gosto de exagerar nas palavras - um certo desespero, quando ele vem dizer que se não votarem no PS vem aí o Diabo", criticou, em declarações aos jornalistas, no final de uma visita a uma exploração de arroz em Santo Estêvão (Santarém).
Para o líder do PSD,António Costa"vem tentar intimidar as pessoas" ao dizer que, se os sociais-democratas voltarem ao poder, vão "cortar salário, reformas e nos passes sociais", lembrando que num debate com o líder do PS já garantiu que não iria reverter, mas reorganizar a medida sobre os transportes públicos.
"O PSD naturalmente não vai cortar pensões de reforma nenhuma, não só isso, como está no nosso programa muito claramente que, no mínimo, manteremos o poder de compra das reformas, o que significa aumentá-las pelo menos ao nível da inflação, e o mesmo é válido para os salários da função pública", assegurou.
"E o dr. António Costa sabe isso, quando vem com esses fantasmas e essa agitação, obviamente que sabe que não está a falar verdade, significa que está a perder o pé em alguma coisa", considerou.
Na quarta-feira à noite, num comício em Loulé (Faro), o secretário-geral do PS afirmou que quem quer estabilidade, com mais quatro anos do atual Governo, deve votar no PS, numa intervenção em que falou na possibilidade de o PSD reverter medidas como os novos passes sociais.
"Nós conhecemos bem aqueles que diziam que nada disto era possível, porque fazendo tudo o que se propunha vinha aí o Diabo. Com tanto medo do Diabo, nada nos garante que eles, chegando ao poder, para evitar o Diabo, não façam tudo andar para trás - e os passes desapareçam, os salários voltem a ser cortados, as pensões também e com os impostos a aumentar", declarou o secretário-geral do PS.
Hoje, o líder do PSD admitiu que, na rua, ainda encontra pessoas "com um certo medo" que se possa repetir uma situação como a do passado, mas salientou que a anterior coligação PSD/CDS-PP executou um programa da 'troika', fruto de "uma desgovernação completa" dos tempos do socialista José Sócrates.
"Como não andamos a chamar a 'troika' dia sim dia não, é óbvio que nenhum governo vai agora baixar pensões, nem do PSD, nem do PS. Isto é um fantasma que não é correto agitar em campanha eleitoral, eu não estou a fazer isso com o PS porque sei que estaria a dizer uma mentira, mas estão a fazer com o PSD sabendo que estão a dizer uma mentira", afirmou.
Rui Rio reiterou que, se vencer as eleições, "as pessoas podem estar descansadas, porque será uma governação completamente diferente", uma vez que o país não está sob um programa de assistência externa.
Instado a esclarecer afirmações que fez na terça-feira à noite, de que tem a certeza que o PSD terá um "resultado muito honroso", Rio afirmou que se referia à vitória nas legislativas de 06 de outubro.
"Aquilo que disse ontem é ganhar, disse em português, às vezes queixam-se de eu falar em alemão, mas foi em português. Ninguém anda numas eleições destas pelo PSD para não ganhar", garantiu.
Rio acusa Costa de "desespero" e de tentar "intimidar" os portugueses ao falar do Diabo
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O Estado português falha. Os sucessivos governos do país, falham (ainda) mais, numa constante abstração e desnorte, alicerçados em estratégias de efeito superficial, improvisando sem planear.
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