Sábado – Pense por si

PCP e BE chegam a acordo com PS na Lei de Bases da Saúde

12 de julho de 2019 às 18:37
As mais lidas

Os socialistas justificaram a proposta feita aos partidos de esquerda sobre a nova Lei de Bases da Saúde como o "seu último contributo" para conseguir os "consensos necessários" para aprovar o diploma.

O PS justificou esta sexta-feira a proposta feita aos partidos de esquerda sobre a novaLei de Bases da Saúdecomo o "seu último contributo" para conseguir os "consensos necessários" para aprovar o diploma.

Esta posição é assumida, em comunicado, pelo grupo parlamentar doPS, minutos depois de o PCP ter anunciado um acordo com socialistas na discussão da proposta da nova Lei de Bases da Saúde, com a inscrição do princípio da gestão pública.

A bancada socialista informou ter dado conhecimento desta proposta ao PCP, BE e PEV, partidos com quem tem trabalhado "mais intensamente sobre este diploma".

A proposta do PS incide sobre a norma revogatória, "remetendo para regulamentação futura os termos de gestão no âmbito da responsabilidade doEstadodefinida na Base VI", as Parcerias Público-Privadas (PPP), "mas não interditando qualquer forma de gestão".

Esta discussão será feita no último plenário da legislatura, em 19 de julho, e tomará a forma de avocação, ou seja, a disposição do regimento que permite um artigo de uma lei aprovada na especialidade, em comissão, ser votado em votação final global.

No comunicado, a bancada socialista divulga, na íntegra, os termos da norma revogatória (artigo 3.º).

Os votos do PS e do PCP são insuficientes para fazer passar a lei no parlamento, face à previsível oposição dos partidos de direita (PSD e CDS).

A legislação tem sido motivo de adiamentos de votações, avanços e recuos na discussão na especialidade, sobretudo em torno da possibilidade de gestão privada das unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS), as denominadas Parcerias Público-Privadas (PPP), com negociações do PS tanto com os parceiros de maioria de esquerda, BE e PCP, como com o maior partido da oposição, o PSD, até agora sem resultados positivos.

A proposta de lei do Governo foi aprovada em dezembro em Conselho de Ministros, mas em versão alterada face ao texto que resultou de um grupo de trabalho sobre o assunto liderado pela antiga ministra socialista Maria de Belém Roseira.

O BE tinha colocado à discussão a sua versão do documento em junho de 2018, mas sem levar o texto a votação em plenário no parlamento. Já em janeiro, foi a vez da discussão na generalidade dos projetos de PCP, PSD e CDS-PP, juntamente com a iniciativa governamental.

O próprio presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já se posicionara sobre a matéria, ao rejeitar uma lei "fixista" e considerando que deveria chegar-se a uma legislação "passível de durar para além de um governo".

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!

O resort mais rico e fechado

Não foi fácil, mas desvendamos-lhe os segredos do condomínio mais luxuoso de Portugal - o Costa Terra, em Melides. Conheça os candidatos autárquicos do Chega e ainda os últimos petiscos para aproveitar o calor.

Cuidados intensivos

Regresso ao futuro

Imaginemos que Zelensky, entre a espada e a parede, aceitava ceder os territórios a troco de uma ilusão de segurança. Alguém acredita que a Rússia, depois de recompor o seu exército, ficaria saciada com a parcela da Ucrânia que lhe foi servida de bandeja?