Imobiliárias, construtoras, hotéis e a consultora do cônjuge que fatura contratos públicos, entre outros casos. Estes são os muitos interesses empresariais deste Executivo, de que o de Hernâni Dias foi só o primeiro.
No dia 5 de abril, o Presidente da República deu posse aos secretário de Estado deste elenco governativo. Entre os 41 novos governantes, vários prepararam a sua vida empresarial para a causa pública. Uma semana antes, a 28 de fevereiro, João Silva Lopes renunciou ao seu lugar no conselho de administração da Transolum, uma empresa de transação de terrenos e construções. Por essas semanas, Alberto Rodrigues da Silva, secretário de Estado da Modernização e Digitalização, confirmou à SÁBADO que procedeu à transmissão da quota respeitante à sociedade MDSS – Meta Documents Systems, Lda., onde desenvolvia software e prestava consultoria na área que hoje tutela. Outros seguiram o mesmo caminho: Paulo Lopes Marcelo, secretário de Estado Presidência do Conselho de Ministro, renunciou a 29 de março a gerência da Lidemar, empresa de administração de imóveis; e a 4 de abril, na véspera de tomar posse, pediu a renúncia ao cargo de presidente da empresa de consultoria C-Angels. Segundo o Portal da Justiça, o pedido foi registado a 5 de abril e averbado a 31 de maio.
Os interesses dos governantes, das imobiliárias às empresas dos cônjuges
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Fazer uma greve geral tem no sector privado uma grande dificuldade, o medo. Medo de passar a ser olhado como “comunista”, o medo de retaliações, o medo de perder o emprego à primeira oportunidade. Quem disser que este não é o factor principal contra o alargamento da greve ao sector privado, não conhece o sector privado.
A mudança do Chega sobre a reforma laboral, a reboque do impacto da greve, ilustra como a direita radical compete com as esquerdas pelo vasto eleitorado iliberal na economia.