NEWSLETTER EXCLUSIVA PARA ASSINANTES Novidades com vantagens exclusivas: descontos e ofertas em produtos e serviços; divulgação de conteúdos exclusivos e comunicação de novas funcionalidades. (Enviada mensalmente)
Conhecido professor, reformado este ano, vai tentar recuperar para a esquerda uma freguesia decisiva de Lisboa, que Margarida Martins perdeu em 2021.
A coligação PS-Livre-BE-PAN vai apresentar João Jaime Pires como cabeça-de-lista em Arroios para recuperar a freguesia onde o PS teve uma hecatombe eleitoral em 2021, que foi decisiva para a vitória global de Moedas (que venceu a câmara por menos de 2.300 votos). Desta vez não haveráMargarida Martins às compras– o candidato da coligação é o conhecido professor e antigo diretor do Liceu Camões.
João Jaime Pires é uma figura tão popular em Arroios - marcou gerações de alunos no Liceu Camões ao longo das últimas décadas - que nem a coligação de direita (que terá Madalena Natividade recandidata) acredita que vai manter a freguesia, segundo várias fontes ouvidas pela SÁBADO.
O nome foi aprovado na terça-feira em Assembleia Geral da Secção do PS do Limeiro-Almirante Reis. Uma formalidade onde foram aprovados também os candidatos da coligação em Santa Maria Maior (Maria João Correia) e São Vicente (André Gorba Biveti). Estes dois nomes são de continuidade dos atuais executivos que lideram essas duas juntas.
Arroios poderá ser decisivo nas contas finais das eleições de 12 de outubro devido à sua dimensão (26 mil eleitores). A desmobilização do eleitorado em 2021 (a vitória de Fernando Medina era dada como certa em todas as sondagens e por larga margem), bem como o caso de Margarida Martins (recandidata em Arroios), divulgado pela SÁBADO, contribuíram para a grande descida eleitoral, que levou à vitória da coligação Novos Tempos, de Carlos Moedas.
João Jaime Pires diz à SÁBADO que pensou um pouco no convite feito por Alexandra Leitão (que conheceu pessoalmente quando era secretária de Estado da Educação) e acabou por aceitar pelo que considera um imperativo de causa pública. "Aceitei por isso, porque devia participar neste momento, para que Arroios volte a ser um espaço de diálogo numa sociedade inclusiva. Parece que hoje não sabemos viver sem acusar agluém, sem perseguir. Também me pareceu aliciante que seja num contexto de coligação de esquerda".
O professor, que nos tempos de juventude militou no PCP e acabou por sair devido a divergências com a linha do partido, fala em "mais espaços públicos e verdes, habitação pública, higiene urbana. E menos turismo descontrolado". Falou também à SÁBADO da sua experiência no Liceu Camões na integração de estudantes imigrantes. "Arroios é uma freguesia com moradores de 90 nacionalidades, devemos trabalhar com todos. Arroios deve ser um lugar para cuidar."
João Jaime Pires, 69 anos, é considerado um nome forte para a esquerda recuperar Arroios. Professor do Liceu Camões desde 1993, liderou esta histórica escola secundária de 2009 a 2024 (ano em que terminaram as obras de renovação). O Conselho Geral da escola emitiu uma nota pública de louvor na despedida: "O Conselho Geral vem enaltecer publicamente as superiores aptidões do Professor para as funções diretivas, evidenciadas na sua capacidade de liderança, na inexcedível dedicação à comunidade escolar e no inabalável compromisso com o projeto de uma escola pública fundada nos valores humanistas, democráticos e inclusivos. A par do espírito de missão, são de realçar as suas excelentes qualidades humanas, assentes, sobretudo, no diálogo permanente e na coragem em assumir desafios."
Se for eleito, não será a primeira vez. Tem no passado mais longínquo, antes do Camões, uma presidência de junta. "Antes de dar aulas ainda fui presidente da Junta de Alhandra [pelo PCP], outra experiência muito positiva que me ensinou muito. Sempre procurei nortear a minha vida cívica e política na procura do bem comum e dando prioridade ao interesse público sobre o interesse individual. Por isso, além de professor, fui autarca, jogador de futebol, ator amador… é muito importante ter estas experiências tão diferentes na vida", disse numa entrevista à Activa.
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
No Estado do Minnesota, nos EUA, na última semana, mais um ataque civil a civis — desta vez à escola católica Annunciation, em Minneapolis, durante a missa da manhã, no dia de regresso às aulas.
O famoso caso do “cartel da banca” morreu, como esperado, com a prescrição. Foi uma vitória tremenda da mais cara litigância de desgaste. A perda é coletiva.
A Cimeira do Alasca retirou dúvidas a quem ainda as pudesse ter: Trump não tem dimensão para travar a agressão de Putin na Ucrânia. Possivelmente, também não tem vontade. Mas sobretudo, não tem capacidade.
As palavras de Trump, levadas até às últimas consequências, apontam para outro destino - a tirania. Os europeus conhecem bem esse destino porque aprenderam com a sua miserável história.