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Como o assalto a Tancos poderia ter sido evitado

Alexandre R. Malhado , Carlos Rodrigues Lima 26 de setembro de 2019 às 19:13

As autoridades foram avisadas do assalto a Tancos três meses antes, mas o juiz Ivo Rosa não autorizou escutas aos assaltantes.

O assalto estava quase planeado. O ex-fuzileiro João Paulino descobriu que conseguia abrir os paióis de Tancos com um saca-cilindros. Quem lhe deu essa informação não foi o motor de pesquisa Google - Paulino terá pesquisado como "destruir fechaduras cross" - mas sim Paulo Lemos, conhecido por Fechaduras. Mas Fechaduras arrependeu-se: de acordo com a acusação a Tancos, a que a SÁBADO teve acesso, o homem "reflectiu no seu passado de prática de crimes violentos" e em ter "jurado à mãe que não ia ser preso". Por isso, três meses antes do assalto, que ocorreu no final de junho, Fechaduras ligou ao DIAP do Porto e contou tudo o que sabia a uma magistrada. O caso permitiu a abertura de inquérito e a um pedido de escutas que não foi autorizado - e que poderia ter possibilitado "uma situação de flagrante delito" do assalto a Tancos, considera o Ministério Público.

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