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Tancos: MP diz que Azeredo Lopes agiu por motivos políticos

Leonor Riso , Carlos Rodrigues Lima 26 de setembro de 2019 às 15:00

O ex-ministro da Defesa quis que a Polícia Judiciária Militar fosse reconhecida pela recuperação das armas de Tancos. Acompanhou o plano do ex-diretor da PJM, que recebia em casa segundo o MP.

Azeredo Lopesaderiu ao plano da recuperação encenada de armas deTancospara ser reconhecido e para que aPolícia Judiciária Militar(PJM) – sob sua tutela – fosse louvada. Enquanto ministro, sabia que "a recuperação do material subtraído em Tancos assumia um papel muito importante na imagem interna do Governo" depois dos fogos de 2017. Sabia ter permitido a execução de crimes e que podia ser penalizado, mas decidiu na mesma infringir, "com a sua conduta, as regras e exigências de legalidade, objectividade, imparcialidade e independência que devem nortear o exercício de altas funções públicas". Esta é a conclusão dos procuradores do Departamento Central de Investigação e Acção Penal que, esta quinta-feira, deduziram uma acusação contra 23 arguidos no processo do roubo de material militar em Tancos e posterior encobrimento. 

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