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Arguidos de Tancos pediram louvores. "Essa merda depois dá-te uns pontitos"

Alexandre R. Malhado , Carlos Rodrigues Lima 26 de setembro de 2019 às 15:51

Militares acusados queriam reconhecimento. Ex-ministro da Defesa, Azeredo Lopes, concordou com a sugestão de louvor, mesmo sabendo alegadamente que a recuperação das armas de Tancos fora encenada.

Seis meses depois da recuperação das armas roubadas em Tancos, Azeredo Lopes, então ministro da Defesa, louvou um dos principais arguidos do processo, o 1.º Sargento Mário Lage de Carvalho, pelo seu "desempenho profissional, ao longo dos últimos dois anos", enquanto investigador criminal da Polícia Judiciária Militar. O governante não se inibiu nos elogios: "Militar de primorosa correção e educação, possuidor de elevados dotes de caráter, excecionais qualidades e virtudes militares, espírito de missão, lealdade e espírito de sacrifício". De acordo com a acusação do Ministério Público, a que a SÁBADO teve acesso, a decisão de louvar Lage de Carvalho surge por sugestão de três arguidos no caso Tancos, os majores Roberto Pinto da Costa e Vasco Brazão e o diretor-geral da PJM, Luís Vieira, a Azeredo Lopes.

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