"Os quatro cidadãos serão acompanhados por um diplomata durante todo o percurso", adiantou o Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Os quatro portugueses que participaram na Flotilha Global Sumud, e que estavam detidos em Israel desde quinta-feira, já aterraram em Lisboa. O CM sabe que Mariana Mortágua vai ser escoltada à saída do avião.
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Ativistas portugueses recebidos com muita euforia por multidão no Aeroporto de Lisboa
No aeroporto, são recebidos por centenas de pessoas que seguram cartazes onde pode ler-se "Bem-vindos, heróis", "heróis valentes" e apelos ao fim do genocídio e da guerra em Gaza. Há também quem levante bandeiras da Palestina Entre a multidão, que grita palavras de ordem como "Libertem a Palestina" e "Obrigado Marina, Sofia, Diogo e Miguel por nos representarem", estão Catarina Martins e Francisco Louçã, ambos ex-coordenadores do BE.
Antes de serem vistos pelas centenas de apoiantes que os esperam, os ativistas vão reunir-se com os familiares numa sala privada no interior do aeroporto.
Depois de estarem com a família, os ativistas encararam a multidão, pouco antes da meia noite, e foram recebidos com muita euforia. Mariana Mortágua foi escoltada pela PSP e apelou repetidamente à calma.
Quando os ânimos se acalmaram um pouco, os ativistas prestaram declarações à comunicação social.
Maria Mortágua contou que viram "camaradas a serem espancados" e que os abusos que testemunharam e sofreram lhes deram uma visão "do que eles [os israelitas] fazem aos palestinianos".
A atriz Sofia Aparício contou que as autoridades israelitas queriam que os ativistas assinassem documentos escritos em hebraico. "Nós obviamente não assinámos", afirmou. Miguel Duarte explicou, em seguida, que houve a tentativa de que assinassem documentos que diziam que Israel tinha detidos e levado o grupo de forma legal.
Fora do edifício encontram-se quatro carrinhas da Polícia de Segurança Pública (PSP), duas delas do Corpo de Intervenção, com o ambiente normal sem que se registem qualquer tipo de incidentes ou confrontação.
Em representação do Governo, os ativistas foram recebidos no aeroporto pelo secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Emídio Sousa.
Os portugues chegaram este domingo um pouco antes das 22h40 a Portugal, como previsto segundo o que apurou o CM junto de fonte oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
"Os quatro cidadãos portugueses, incluindo a deputada Mariana Mortágua, serão acompanhados por um diplomata durante todo o percurso", adiantou o Ministério dos Negócios Estrangeiros em comunicado, esta tarde.
Segundo a mesma fonte, a Embaixadora de Portugal em Telavive esteve este domingo no centro de detenção de Ketsiot para se assegurar do bom desenvolvimento do processo de repatriação.
"Esta noite recebemos, no aeroporto de Lisboa, Diogo Chaves, Mariana Mortágua, Miguel Duarte e Sofia Aparício, que estiveram a bordo da Global Sumud Flotilla e foram atacados nas águas internacionais e sequestrados para uma prisão israelita", lê-se numa publicação divulgada nas páginas do Instagram da Flotilha Humanitária e da Palestina em Português.
Os ativistas portugueses chegaram a Madrid pelas 20h20 locais (19h20 em Lisboa).
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E se, apesar de, como se costuma dizer, nos ouvirem, monitorizarem movimentos, localização e comportamentos, esta aceleração forçada que nos faz andar depressa demais for, afinal, tão insustentável que acabe por (espero) ter efeito contrário?
O discurso do “combate à burocracia” pode ser perigoso se for entendido de forma acrítica, realista e inculta, ou seja, se dispensar os dados e evidências e assentar supostas verdades e credibilidades em mitos e estereótipos.
Campanhas dirigidas contra Mariana Mortágua mais não são do que inequívocos actos de misoginia e homofobia, e quem as difunde colabora com o que de mais cobarde, vil e ignóbil existe na sociedade portuguesa.