Armando Pereira foi vigiado, seguido, fotografado e escutado

A Operação Picoas está carregada de interceções telefónicas, vigilâncias no terreno e dados financeiros obtidos em vários processos que visam um dos donos da Altice e o amigo Hernâni Vaz Antunes.

As escutas aos telefones de vários suspeitos estavam ativas há poucos meses quando, no fim de 2018, o procurador Rosário Teixeira autorizou no terreno a primeira vigilância encoberta com recolha de imagens. A operação foi montada rapidamente por um dos homens de maior confiança do magistrado do Ministério Público (MP), o chefe de Divisão da Autoridade Tributária (AT) Paulo Silva, que trabalha com o procurador desde 2005 em processos complexos como os casos Furação, BPN, Monte Branco e a Operação Marquês. Desta vez, os alvos principais foram os empresários Armando Pereira, um dos três donos da multinacional Altice, e Hernâni Vaz Antunes, o seu braço-direito para certos negócios em Portugal e no estrangeiro, precisamente dois dos quatro detidos na operação desencadeada a semana passada que visa um alegado esquema de “viciação do processo decisório do grupo Altice”.

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