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A guerra pelos carros de luxo do processo Altice

António José Vilela
António José Vilela 11 de dezembro de 2024 às 07:00

Bombas como um Bugatti Chiron, dois Lamborghini Aventador 834, um McLaren 675 Spider e um Mercedes AMG V8 Biturbo ficaram inicialmente à guarda dos suspeitos e de familiares até que, de forma inesperada, o MP mandou recolher apenas os 18 carros de Hernâni Antunes. Escondidos num armazém, chegaram a ser avaliados em mais de €11 milhões para ser vendidos. Já os carros de Armando Pereira estão ainda hoje no mesmo local, na sua casa, porque os investigadores garantem que são apenas para “contemplação” do dono da Altice.

Eram 9h55 de 13 de julho de 2023 quando três inspetores tributários das Finanças de Braga e dois agentes da PSP se apresentaram à porta da quinta onde morava Hernâni Vaz Antunes. Com mandados de busca e apreensão, os polícias foram recebidos por um agricultor e caseiro, Manuel, irmão de Hernâni. O empresário encontrava-se em parte incerta – o MP ainda hoje acha que esteve fugido e sempre a par do que estava a acontecer até se entregar na noite de 15 de julho – e a busca acabou por ficar bloqueada durante quase 7 horas a várias partes da casa porque Manuel, a mulher e o filho garantiram que não tinham as chaves.

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